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15/02/2005 - 19h05

Líder do PP descarta possibilidade de partido assumir ministério

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CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

Depois da eleição do deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) para presidente da Câmara, o líder do PP na Casa, José Janene (PR), descartou hoje a possibilidade de o partido assumir uma pasta na reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará neste mês.

"Isso está totalmente descartado. Neste momento, seria muito incoveniente para o partido nomear qualquer pessoa do partido para o ministério. Estou conversando com a bancada e tenho certeza de que já é a posição da maioria e de que será a posição definitiva", disse.

Na reforma, Lula deve dar mais pastas aos aliados, como PMDB, PTB e PP. Em novembro, o presidente do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), afirmou que o seu partido teria assegurada uma vaga na Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, ele não adiantou qual seria a pasta ocupada pelo PP, mas anunciou que o deputado Pedro Henry (MT) seria o futuro ministro.

De acordo com Janene, não é conveniente para o governo e para o partido assumir um ministério depois de vencer as eleições para a Câmara. "Ao conquistarmos a presidência, não há a menor posssibilidade de nomeação para o partido. Isso soaria muito ruim para o governo e para nós. Como é que justamente no momento em que você assume o poder você vai tomar espaço no poder? Esse é um assunto que para nós está encerrado."

Além disso, Janene disse que nenhum quadro do partido teria interesse em assumir uma pasta, já que no próximo ano haverá eleições. "Estamos do começo para o fim do governo. Temos mais 22 meses de mandato. Se você nomeia um ministro hoje, daqui a 12 meses ele tem de sair. É muito difícil um político que se proponha a ficar um ano no ministério. Basicamente, nós não temos ninguém que queira assumir uma pasta."

Recompensa

Apesar do líder do PP descartar a possibilidade de participação em um ministério, o ex-líder da legenda Pedro Henry (MT) afirmou que o governo precisa recompensar os votos dados pelos integrantes da bancada nas votações de temas importantes.

"O PP é um partido da base. O governo tem que ver isso como uma vitória, não como uma derrota. O governo precisa justificar os 52 votos que estamos dando aqui na Câmara", disse Henry, que era o mais cotado para assumir o Ministério dos Esportes.

Eleição

Em uma das eleições mais disputadas dos últimos tempos, os deputados acabaram elegendo Severino Cavalcanti (PP-PE), cuja principal promessa de campanha foi o aumento do salário dos deputados com direito à equiparação com os rendimentos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele derrotou o candidato oficial do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh.

Na votação do primeiro turno, Greenhalgh teve 207 votos; Severino Cavalcanti somou 124 votos; o canditato avulso do PT, Virgilio Guimarães (MG) teve 117 votos. José Carlos Aleluia (PFL-BA) contou com 53 votos e Jair Bolsonaro (PFL-RJ), com 2 votos. Votaram em branco três deputados e nulo, outros quatro.

No segundo turno, Greenhalgh só teve 195 votos --menos que os 207 obtidos no primeiro turno, três horas antes. Já Severino Cavalcanti recebeu 300 votos.

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