Publicidade
Publicidade
Após afastamento de distritais, aliados de Arruda tentam manter controle de comissões na Câmara
Publicidade
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
Aliados do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) na Câmara Legislativa local vão tentar manter o controle das comissões que vão analisar os três processos de impeachment que tramitam na Casa contra ele apesar da ofensiva da Justiça contra os deputados distritais suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção.
Segundo o deputado Geraldo Naves (DEM), atual presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) --primeira instância que analisa os pedidos de afastamento-- uma nova eleição do comando da comissão deve ser convocada na segunda-feira. Naves disse ainda que vai se lançar novamente candidato à presidência.
"Vamos convocar uma nova reunião para tornar legal a CCJ. Não faz sentido interromper um trabalho que está em andamento. Nós temos que ter o direito à credibilidade. Estamos fazendo um trabalho com isenção. O trabalho já começou, não temos como parar", afirmou.
Uma nova eleição da CCJ precisa ocorrer porque uma decisão da Justiça do Distrito Federal afastou ontem oito deputados distritais suspeitos de participação no esquema de pagamento de propina das análises dos pedidos de impeachment contra Arruda.
Como na decisão o juiz Vinícius Santos Silva determina a "nulidade" de todo ato já praticado por estes deputados em relação aos processos, a formação da comissão é considerada viciada pela Justiça porque contou com a presença da deputada Eurides Britto (PMDB), que é acusada de envolvimento no esquema de propina e foi flagrada em um vídeo guardando dinheiro.
Naves disse que a Câmara vai cumprir a decisão, mas afirmou que a Justiça está interferindo em outro poder. "Quebrou-se o respeito aos deputados que foram eleitos pelo povo. Um poder não pode invadir o outro. Essa decisão é um ataque à democracia. Os deputados estão trabalhando e são isentos", afirmou.
O voto de Eurides Britto foi determinante para a eleição de Geraldo Naves (DEM) para a presidência da CCJ. Foi ele quem indicou outro aliado de Arruda, Batista das Cooperativas (PRP), como relator dos processos dos processos de impeachment do governador.
A decisão da Justiça atende a um pedido do Ministério Público que envolve os deputados Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Eurides Brito, Júnior Brunelli (PSC), Leonardo Prudente (sem partido), Rogério Ulysses (sem partido), Rôney Nemer (PMDB), além dos suplentes Berinaldo Pontes (PP) e Pedro do Ovo (PRP), que são citados no inquérito.
Esses deputados também respondem a processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara e podem ser cassados. A Casa só deve analisar as cassações em fevereiro.
Leia mais
- DEM-DF mantém apoio ao governo Arruda e vice recua sobre candidatura
- Distrital diz que presidente da Câmara do DF renunciará a cargo nos próximos dias
- Justiça decide afastar distritais do julgamento de processos contra Arruda
Outras notícias de política
- Reunião ministerial de Lula traça metas para 2010, discute tragédia no Haiti e lança PAC 2
- Prefeito de Porto Alegre diz que sua gestão pediu investigação em programa de saúde
- Extradição de coronel uruguaio que atuou na Operação Condor é suspensa
Especial
- Leia mais sobre a crise no DF
- Leia cobertura completa sobre a crise no DF
- Navegue no melhor roteiro de cultura e diversão da internet
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
avalie fechar
avalie fechar