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12/04/2005 - 12h08

Alerj decide hoje cassação do mandato de Calazans

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da Folha Online

A Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) vai decidir no início da tarde desta terça-feira como será o procedimento de votação da cassação do mandato do deputado Alessandro Calazans (sem partido). Os deputados vão decidir se a votação será secreta ou aberta.

A votação deve começar a partir das 16h30. O deputado é acusado de negociar propina para retirar o nome do empresário Carlinhos Cachoeira do relatório da CPI da Loterj (Loteria Estadual do Rio de Janeiro). Calazans foi presidente da CPI.

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Alerj recomendou na última terça-feira a cassação do deputado. O relatório constata que houve quebra de decoro parlamentar.

O processo vem se desenrolando desde o final do ano passado. A fita que continha a conversa de Calazans com Jairo de Souza, intermediário de Cachoeira, foi submetida a três perícias.

A primeira avaliação do perito Ricardo Molina, feita a pedido da Alerj, confirmou a negociação de propina. A segunda avaliação realizada pelo perito Mauro Ricart e pela fonoaudióloga Maria do Carmo Gargaglioni, a pedido da defesa, afirmou que os elementos da fita não eram suficientes para comprovar propina.

A terceira perícia confirmou a primeira. Ela foi realizada por Antonio César Braid e afirmava que a palavra "andorinha" era usada como sinônimo de "antecipação de propina" e que o valor mencionado na fita "era de milhão e quinhentos".

No final do ano passado, a CCJ decidiu dispensar o depoimento de alguns dos principais envolvidos no caso --os deputados federais André Luiz (sem partido) e Bispo Rodrigues (PL), e o empresário Carlinhos Cachoeira.

Os depoimentos haviam sido solicitados por parlamentares. Desde então, a CCJ só aceitou os depoimentos indicados pela defesa. O deputado Marcos Abraão (PRTB) confirmou que Jairo de Souza era assessor parlamentar do Bispo Rodrigues.

Calazans alegou ter recebido Souza como assessor do deputado e não como intermediário de Cachoeira.

O relator da CPI da Loterj, Luis Paulo (PSDB), disse nunca ter visto nada de estranho durante a CPI. O presidente da Loterj na época, Rogério Gama, confirmou que Calazans esteve na empresa para pedir o fim do contrato de exclusividade para prestação de serviços de jogos on-line da Combralog, empresa de Cachoeira, no valor de R$ 170 milhões.

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