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19/04/2005
-
22h10
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em porto Alegre
THIAGO REIS
da Agência Folha
Dois irmãos que moram em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e carregam o sobrenome Ratzinger torceram e vibraram com a escolha do novo papa. Os dois não sabem qual o parentesco exato com o sumo pontífice, mas afirmam que o bisavô nasceu na mesma região na Alemanha.
O ex-caminhoneiro Ardino Ratzinger, 61, de Ivoti (RS), vai reunir todas as fotografias antigas da família e enviar ao Vaticano para saber qual o parentesco que eventualmente os une.
''Os Ratzinger são todos parentes. Não sei qual é o parentesco, mas somos parentes. Meu bisavô veio da Alemanha. Não há estranhos nos Ratzinger. Somos parentes, sim'', disse.
Aposentado desde 1995, Ardino passou os últimos dias prestando atenção no noticiário. Ao contrário de outros gaúchos, que torciam pelo cardeal dom Cláudio Hummes (que é do Rio Grande do Sul), ele esperava muito ver eleito papa o homem que tem o mesmo sobrenome. ''Eu estava em uma torcida grande por ele. Estou feliz'', conta.
O bisavô, João Ratzinger, que veio da Alemanha, chegou ao Rio Grande do Sul ainda no século 19. Ele é o eixo para desvendar o eventual parentesco.
O irmão de Ardino, o representante comercial Irineu Ratzinger, 53, que mora em Balneário Camboriú (SC), também não sabe qual o grau de parentesco, mas já tentou descobri-lo antes mesmo da morte de João Paulo 2º. "Queria muito conversar com ele, já tentei ligar, já mandei e-mail, mas ele tem muitos assessores", afirma.
Não conseguiu a resposta, apenas crucifixos, rosários e um cartão de Natal de Ratzinger, enviados do Vaticano.
Durante o conclave, ele diz que também não torceu para os papáveis brasileiros, mas para o alemão. "É da família, né?"
Feito o anúncio, decidiu: irá visitar o novo papa. "Vou juntar dinheiro, pedir ajuda para ir pra lá", disse, mesmo sem ter a certeza de que voltará da Itália satisfeito.
Casado, pai de quatro filhos, ele se converteu ao catolicismo por causa da mulher, Luísa, 51. Hoje, freqüenta a igreja e se considera um "católico praticante".
Pelo Brasil
O marceneiro Ivo Irineu Ratzinger, 42, que vive em Placas (PA) diz que tem 90% de certeza de que o novo papa é seu parente, por seu bisavô ter vindo da Alemanha. Ele diz que acompanhou a trajetória do cardeal alemão e que é "católico, batizado e crismado". "Fiquei todo arrepiado quando soube", disse.
A paranaense Marilei Ratzinger Hoffmann, 41, residente em Toledo, disse que, na infância, diziam a ela e a seus três irmãos que eles tinham um primo na igreja. "Torcemos por ele. Quando a fumaça branca saiu e ele foi anunciado, abracei forte meu marido", afirma a neta de alemães.
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Irmãos que carregam sobrenome Ratzinger vibram com escolha
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da Agência Folha, em porto Alegre
THIAGO REIS
da Agência Folha
Dois irmãos que moram em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e carregam o sobrenome Ratzinger torceram e vibraram com a escolha do novo papa. Os dois não sabem qual o parentesco exato com o sumo pontífice, mas afirmam que o bisavô nasceu na mesma região na Alemanha.
O ex-caminhoneiro Ardino Ratzinger, 61, de Ivoti (RS), vai reunir todas as fotografias antigas da família e enviar ao Vaticano para saber qual o parentesco que eventualmente os une.
''Os Ratzinger são todos parentes. Não sei qual é o parentesco, mas somos parentes. Meu bisavô veio da Alemanha. Não há estranhos nos Ratzinger. Somos parentes, sim'', disse.
Aposentado desde 1995, Ardino passou os últimos dias prestando atenção no noticiário. Ao contrário de outros gaúchos, que torciam pelo cardeal dom Cláudio Hummes (que é do Rio Grande do Sul), ele esperava muito ver eleito papa o homem que tem o mesmo sobrenome. ''Eu estava em uma torcida grande por ele. Estou feliz'', conta.
O bisavô, João Ratzinger, que veio da Alemanha, chegou ao Rio Grande do Sul ainda no século 19. Ele é o eixo para desvendar o eventual parentesco.
O irmão de Ardino, o representante comercial Irineu Ratzinger, 53, que mora em Balneário Camboriú (SC), também não sabe qual o grau de parentesco, mas já tentou descobri-lo antes mesmo da morte de João Paulo 2º. "Queria muito conversar com ele, já tentei ligar, já mandei e-mail, mas ele tem muitos assessores", afirma.
Não conseguiu a resposta, apenas crucifixos, rosários e um cartão de Natal de Ratzinger, enviados do Vaticano.
Durante o conclave, ele diz que também não torceu para os papáveis brasileiros, mas para o alemão. "É da família, né?"
Feito o anúncio, decidiu: irá visitar o novo papa. "Vou juntar dinheiro, pedir ajuda para ir pra lá", disse, mesmo sem ter a certeza de que voltará da Itália satisfeito.
Casado, pai de quatro filhos, ele se converteu ao catolicismo por causa da mulher, Luísa, 51. Hoje, freqüenta a igreja e se considera um "católico praticante".
Pelo Brasil
O marceneiro Ivo Irineu Ratzinger, 42, que vive em Placas (PA) diz que tem 90% de certeza de que o novo papa é seu parente, por seu bisavô ter vindo da Alemanha. Ele diz que acompanhou a trajetória do cardeal alemão e que é "católico, batizado e crismado". "Fiquei todo arrepiado quando soube", disse.
A paranaense Marilei Ratzinger Hoffmann, 41, residente em Toledo, disse que, na infância, diziam a ela e a seus três irmãos que eles tinham um primo na igreja. "Torcemos por ele. Quando a fumaça branca saiu e ele foi anunciado, abracei forte meu marido", afirma a neta de alemães.
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