Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/04/2005 - 12h12

PF define estratégias para libertação de reféns em Roraima

Publicidade

da Folha Online

O superintendente da Polícia Federal em Roraima, José Francisco Mallmann, deve concluir ainda hoje as estratégias para conseguir libertar os quatro policias federais que são mantidos reféns por índios desde a última sexta-feira na aldeia Flechal, no município de Uiramutã.

Segundo a assessoria de imprensa da PF em Roraima, Mallmann iniciou uma reunião na manhã de hoje para discutir a questão.

Ligados à Sodiur (Sociedade de Defesa dos Indígenas Unidos do Norte de Roraima), os índios que seqüestraram os policiais federais questionam a homologação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol em área contínua.

Também participam da reunião a chefe da Delegacia contra o Crime Institucional, Fabíola Piovesan, e o coordenador da Operação Upatakon, Osmar Tavares de Melo, além de outros delegados da PF.

A Operação Upatakon ("Nossa Terra", na língua Macuxi), foi deflagrada no dia 17 pela Polícia Federal como forma de garantir a efetivação da homologação da Raposa/Serra do Sol e prevenir possíveis conflitos violentos na região.

A PF informou nesta segunda-feira que devem chegar à capital do Estado de Roraima mais 73 policiais federais para reforçar a operação.

Para o professor da Universidade Federal de Pernambuco, Jaci Guilherme Vieira, a Sodiur representa o interesse dos não-indígenas. "Posso afirmar isso com segurança: é aos arrozeiros que interessa a demarcação em ilhas", disse.

Vieira afirmou que a Sodiur surgiu de um racha interno do CIR. "Nada é monolítico, as diferenças ideológicas foram surgindo. E essa divisão, que interessava aos arrozeiros, foi patrocinada por eles", afirmou.

Para sustentar a afirmação, o historiador citou como exemplo o fato de as comunidades ligadas à Sodiur disporem de serviços de infra-estrutura (como água encanada e energia elétrica) bancados pelo governo estadual.

"Isso não acontece nas comunidades ligadas ao CIR. E gera uma dependência muito grande em relação ao governo. A Sodiur tem poucos associados, não tem projetos nem convênios. De onde vem a verba para bancar a ida de seus dirigentes a Brasília ou a organização dessas manifestações?", acrescentou.

Com Agência Brasil

Leia mais
  • Caso Jucá mostra "corrupção endêmica" no Brasil, diz "Financial Times"
  • Genoino ameaça mostrar deslizes da esquerda

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Raposa/Serra do Sol
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página