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16/05/2005 - 10h39

Encontro com árabes trará resultado rápido, diz Lula

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da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que o resultado da Cúpula América do Sul-Países Árabes virá "em um curto espaço de tempo, não vai demorar muito". A cúpula foi realizada nos últimos dias 10 e 11 e reuniu presidentes e empresários de 34 países.

Para Lula, agora é necessário viajar para dar continuidade às conversas iniciadas na cúpula. "Vamos chegar com os nossos produtos embaixo do braço, com o nosso sapato, nossa roupa, carros, soja, milho, suco de laranja, com as nossas empresas de construção civil e vamos vender, vamos mostrar que nós somos competitivos", disse durante o programa de rádio "Café com o Presidente", transmitido pela Radiobrás.

Lula disse ainda que o Brasil tem responsabilidade de ajudar Argentina, Paraguai e Uruguai a se desenvolverem, "porque esse é o papel do país maior, que tem maior riqueza, maior tecnologia". Segundo o presidente, uma das iniciativas nesse sentido tem que se destinar à Venezuela. "Temos um superávit comercial com a Venezuela muito grande, nós precisamos comprar algumas coisas da Venezuela para poder ter um certo equilíbrio."

O presidente disse também que, na semana que antecedeu à cúpula, havia a preocupação de que o encontro seria contra Israel e contra os Estados Unidos. "Não íamos fazer um encontro dessa magnitude para ser contra alguém. Fizemos justamente para ser favoráveis às coisas positivas e eu fiz questão de dizer, no meu discurso, que, da mesma forma que sou defensor de um Estado palestino, eu sou defensor do Estado de Israel", afirmou.

Críticas

Lula ainda respondeu às críticas quanto ao número de viagens que tem feito desde que assumiu o cargo. "Tem um tipo de gente com a cabeça colonizada, que parece que não gosta de independência, que acha que o Brasil só pode estar subordinado à política dos Estados Unidos ou à política da União Européia", afirmou.

Segundo o presidente, o país quer "ter a mais extraordinária parceria com os Estados Unidos e com esse grupo fortíssimo que é a União Européia", mas precisa ter uma forte relação com a China, Índia, Rússia, África do Sul, México.

Para Lula, no mundo globalizado, um país com o potencial produtivo do Brasil, tanto na indústria quanto na agricultura, não pode ficar esperando que as pessoas o venham descobrir. "Isso Cabral já fez em 1500. O que nós precisamos agora é descobrir países que tenham potencial de comprar mais e vender mais para o Brasil", afirmou.

"O povo brasileiro já tem uma nítida noção do resultado da nossa política internacional, da nossa política externa", disse Lula. Ele destacou que, para o Brasil, o maior benefício das viagens é o superávit da balança comercial. "Nós tínhamos vindo de sete anos consecutivos de déficit na nossa balança comercial. A partir de 2002, começaram a crescer um pouco as nossas vendas mais do que as nossas compras. Hoje, temos uma exportação, em 12 meses, praticamente de US$ 104 bilhões, temos um superávit praticamente de US$ 37 bilhões, o que é o saldo maior da história do Brasil falando percentualmente."

O presidente lembrou também que o comércio com os países africanos aumentou 48%, com o Oriente Médio aumentou mais de 50% e com a América do Sul, cresceu 58%. "A resposta melhor que eu tenho às críticas é o resultado da nossa balança comercial, das nossas exportações, das nossas reservas", reiterou.

Com Agência Brasil

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