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25/05/2005 - 10h47

Congresso abre sessão para instalação da CPI dos Correios

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Em clima tenso, foi aberta na manhã desta quarta-feira a sessão do Congresso sobre a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista para investigar as denúncias de um suposto esquema de corrupção na ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos).

A sessão conta com a presença de 189 deputados e 39 senadores. O quorum mínimo necessário era de 86 deputados e 14 senadores. De acordo com o deputado Inocêncio Oliveira (PMDB-PE), que abriu a sessão, o requerimento de criação da CPI conta com 254 assinaturas na Câmara e 51 no Senado.

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), avaliou, antes da sessão, que "até ontem achava difícil retirar as assinaturas". "Hoje, a coisa já mudou."

Severino se referia à posição do PTB de retirar suas assinaturas, o que pode incentivar outros deputados da base aliada a fazer o mesmo até a meia-noite de hoje, quando termina o prazo para a retirada ou acréscimo de assinaturas de apoio à CPI.

Para o presidente da Câmara, não serão as CPIs que irão atrapalhar os trabalhos no Congresso. "No máximo 80 parlamentares estarão envolvidos. Isso não predica os trabalhos."

CPI

A CPI dos Correios foi pedida pela oposição após uma gravação divulgada pela revista "Veja", na qual o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, conta a empresários o que ele próprio aponta como caminhos para fazer negociatas nos Correios.

Em seu depoimento à Polícia Federal, nesta terça-feira, Marinho inocentou o presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), de participação no suposto esquema de corrupção na ECT.

Ao sair da PF, depois de ficar durante aproximadamente oito horas prestando depoimento, Marinho classificou como "bravata" a conversa gravada que teve com empresários. Na gravação, Marinho afirmou que agia com o aval de Jefferson.

Ele confirmou à PF a versão do petebista, que na semana passada, ao se defender no plenário da Câmara, afirmou que os dois só teriam se encontrado três vezes e publicamente.

Marinho afirmou que estava arrependido. "Falei demais, falei coisas que não deveria ter falado", disse. O ex-funcionário disse ainda que tinha envergonhado sua família após aparecer em gravações detalhando o suposto esquema de propina na estatal.

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