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08/06/2005
-
09h57
MARCELO SALINAS
da Folha de S.Paulo
Dizendo-se preocupado com a desestabilização política do país, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu ontem o histórico pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que "o presidente tem uma história que merece o nosso respeito. O presidente Lula não é o presidente Collor".
Afinados com a estratégia tucana de defender a moderação e de rechaçar a ameaça de impeachment de Lula, Aécio e o governador paulista, Geraldo Alckmin, unificaram o discurso sobre a gravidade da crise política, a suposta falta de "profissionalismo" da gestão petista em comparação a de tucanos e em favor da apuração das suspeitas que envolvem o alto escalão do governo.
"Nós, do PSDB, que, em tese, seríamos beneficiários dessa fragilização do governo, e, além disso, pela experiência de oito anos que tivemos [na gestão Fernando Henrique Cardoso], temos de ter uma serenidade imensa neste instante. O governo vai mal do ponto de vista gerencial e agora é acusado de grandes desvios, mas não podemos deixar que isso contamine a vida do país", disse Aécio em um programa transmitido ontem pela Bandnews FM, em que Alckmin também participou.
O governador se referia à possibilidade de um pedido de impeachment de Lula, motivado por setores do PFL pela denúncia de um suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares em troca de apoio político, publicada pela Folha anteontem.
Sintonia
Tanto Alckmin quanto Aécio evitaram atacar Lula abertamente, mas procuraram reforçar a idéia de que São Paulo e Minas seriam exemplos de "profissionalismo" na gestão pública, o que, segundo disseram, inibiria a corrupção e o fisiologismo.
"É preciso que haja profissionalismo na administração pública. A ineficiência é o primeiro passo para que haja desvio de conduta", afirmou o governador paulista.
Aécio disse o mesmo, em outras palavras: "Acho que, no momento em que o chefe do Executivo dá o exemplo, há condições morais para enfrentar pressões de determinados aliados. Em Minas, montamos um governo absolutamente profissionalizado".
O governador mineiro, em alusão indireta à desarticulação da base aliada ao governo, disse que "quando se monta um governo fundado na lógica de atendimento aos correligionários e aos derrotados, têm-se, em seu próprio partido, muito mais dificuldade para qualificar as indicações dos outros [partidos] aliados".
Ao defender a CPI dos Correios, Aécio disse que Lula ainda tem a confiança da população: "O presidente tem apenas um caminho, e deve segui-lo em razão da credibilidade que ainda tem com os brasileiros: pedir que as investigações sejam feitas com isenção e responsabilidade pelo Congresso".
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Lula não é Collor e merece nosso respeito, diz Aécio
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Dizendo-se preocupado com a desestabilização política do país, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu ontem o histórico pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que "o presidente tem uma história que merece o nosso respeito. O presidente Lula não é o presidente Collor".
Afinados com a estratégia tucana de defender a moderação e de rechaçar a ameaça de impeachment de Lula, Aécio e o governador paulista, Geraldo Alckmin, unificaram o discurso sobre a gravidade da crise política, a suposta falta de "profissionalismo" da gestão petista em comparação a de tucanos e em favor da apuração das suspeitas que envolvem o alto escalão do governo.
"Nós, do PSDB, que, em tese, seríamos beneficiários dessa fragilização do governo, e, além disso, pela experiência de oito anos que tivemos [na gestão Fernando Henrique Cardoso], temos de ter uma serenidade imensa neste instante. O governo vai mal do ponto de vista gerencial e agora é acusado de grandes desvios, mas não podemos deixar que isso contamine a vida do país", disse Aécio em um programa transmitido ontem pela Bandnews FM, em que Alckmin também participou.
O governador se referia à possibilidade de um pedido de impeachment de Lula, motivado por setores do PFL pela denúncia de um suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares em troca de apoio político, publicada pela Folha anteontem.
Sintonia
Tanto Alckmin quanto Aécio evitaram atacar Lula abertamente, mas procuraram reforçar a idéia de que São Paulo e Minas seriam exemplos de "profissionalismo" na gestão pública, o que, segundo disseram, inibiria a corrupção e o fisiologismo.
"É preciso que haja profissionalismo na administração pública. A ineficiência é o primeiro passo para que haja desvio de conduta", afirmou o governador paulista.
Aécio disse o mesmo, em outras palavras: "Acho que, no momento em que o chefe do Executivo dá o exemplo, há condições morais para enfrentar pressões de determinados aliados. Em Minas, montamos um governo absolutamente profissionalizado".
O governador mineiro, em alusão indireta à desarticulação da base aliada ao governo, disse que "quando se monta um governo fundado na lógica de atendimento aos correligionários e aos derrotados, têm-se, em seu próprio partido, muito mais dificuldade para qualificar as indicações dos outros [partidos] aliados".
Ao defender a CPI dos Correios, Aécio disse que Lula ainda tem a confiança da população: "O presidente tem apenas um caminho, e deve segui-lo em razão da credibilidade que ainda tem com os brasileiros: pedir que as investigações sejam feitas com isenção e responsabilidade pelo Congresso".
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