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07/06/2005 - 15h22

Eunício confirma demissões no IRB e nos Correios

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, confirmou à Folha Online a demissão de toda a diretoria dos Correios e do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).

Ambos os órgãos são citados em denúncias recentes de corrupção no governo federal. Gravação revelada pela revista "Veja" mostra o executivo Maurício Marinho, dos Correios, negociando propina com empresários interessados em participar de uma licitação.

O funcionário dos Correios dizia ter o respaldo do presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), que denunciou, em entrevista à Folha, um suposto esquema de pagamento de mesada de R$ 30 mil a deputados da base aliada em troca de apoio político.

No caso do IRB, reportagem da "Veja" afirma que Jefferson exigia, por meio da corretora Assurê, de um amigo, R$ 400 mil de Lídio Duarte, então presidente do IRB, indicado pelo PTB.

Segundo o ministro das Comunicações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu na manhã desta terça-feira a ele e ao ministro Antonio Palocci (Fazenda) "uma solução definitiva para o IRB e os Correios".

Os ministros estiveram reunidos com o presidente Lula hoje de manhã. Segundo o ministro, apesar da crise que o governo enfrenta, o presidente pareceu tranqüilo. Eunício disse ainda que ele e Palocci trocaram "idéias".

Após a reunião, Eunício conversou com o presidente do Correios, o ex-deputado federal João Henrique de Almeida Sousa, do PMDB do Piauí. A diretoria das duas estatais colocaram seus cargos à disposição, segundo relato do ministro.

De acordo com Eunício, no Caso dos Correios, a solução de novos nomes para diretoria deverá ser "mais técnica do que política". Ele não adiantou, no entanto, quando os novos nomes serão definidos.

Além do presidente, deixaram os Correios os diretores Carlos Eduardo Fioravanti da Costa, Eduardo Medeiros de Moraes, Ricardo Caddah, Maurício Coelho Madureira e Robinson Koury Viana da Silva. O outro diretor da estatal, Antonio Osório Menezes da Silva, já havia se afastado da diretoria logo após das primeiras denúncias de corrupção envolvendo a estatal.

De acordo com a assessoria dos Correios, a decisão de afastamento da diretoria, encaminhada por meio de ofício hoje ao ministro, foi um ato político e não administrativo.

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