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08/06/2005
-
20h15
TATHIANA BARBAR
da Folha Online
O tesoureiro do PT, Delúbio Soares, afirmou nesta quarta-feira que foi "caluniado e massacrado" com as declarações de corrupção feitas pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ). "Fui caluniado e massacrado. Estou indignado com o que foi dito. O PT não participa de compra de votos de deputados."
Em entrevista publicada pela Folha na segunda-feira, Jefferson afirmou que o tesoureiro do PT pagava um "mensalão" a parlamentares em troca de apoio ao governo no Congresso. De acordo com o presidente do PTB, eram R$ 30 mil mensais entregues a deputados do PP e do PL.
Após reunião extraordinária da Executiva Nacional do partido, em São Paulo, Delúbio falou à imprensa e negou as acusações de Roberto Jefferson. "O governo tem feito um combate implacável à corrupção no país. Nesses mais de 30 anos de militância política, não acumulei vantagens, tudo que tenho foi obtido com muito esforço. Coloco à disposição da Justiça meus sigilos fiscal e bancário", declarou.
O presidente do PT, José Genoino, voltou a falar hoje que Delúbio permanece no cargo e que o partido irá acompanhar as investigações no Congresso sobre as denúncias do "mensalão". "Não foi discutida a possibilidade dele deixar a Executiva do PT. O que existe são ofensas, agressões. Ele [Delúbio] comunicou ao partido que está à disposição do PT para prestar contas de seu trabalho", disse Genoino.
"O PT não abre mão do combate à corrupção, em defesa da ética. O PT não se rende e não se vende. O PT não tem medo e eu, em particular, também não. Nós estamos muito tranqüilos e vamos até o fim", afirmou o tesoureiro do partido, reiterando que, se for preciso, abre os sigilos telefônico e bancário de seus familiares também.
Chantagem
Para Delúbio, as declarações do presidente do PTB têm o objetivo de chantagear o governo. "Nós estamos entendendo o conteúdo da entrevista que fala de compra de apoio como uma ameaça a membros do Congresso Nacional e aos partidos", afirmou.
Um pouco nervoso, Delúbio se atrapalhou quando questionado se já havia recebido presidentes de outros partidos em sua casa. Primeiro, o tesoureiro afirmou que não, que nunca recebeu nenhum presidente de partido em sua casa. Pressionado por jornalistas, o tesoureiro voltou atrás e afirmou ter recebido dirigentes de outros partidos em sua casa em Goiás e em São Paulo.
Delúbio ressaltou que o PT presta contas, anualmente, ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Nossas contas estão à disposição da sociedade e da imprensa no TSE."
Questionado se conhecia a palavra "mensalão", o tesoureiro afirmou que ouviu a palavra duas vezes: em setembro do ano passado, em reportagem publicada no Jornal do Brasil, e na segunda-feira, em entrevista da Folha.
Afastamento
As bancadas do PTB na Câmara e no Senado decidiram pedir o afastamento do deputado Roberto Jefferson (RJ) da presidência do partido. Senadores do PT resolveram apoiar uma possível CPI do "mensalão". O PL informou que vai pedir a cassação do mandato de Roberto Jefferson.
O governo, por sua vez, anunciou a troca de toda a diretoria dos Correios e do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), órgãos citados em denúncias recentes de corrupção no governo federal. Além disso, líderes da base governista manifestaram apoio à CPI dos Correios.
Ato
O presidente do PT afirmou que no próximo dia 17 haverá um ato de defesa do PT e da democracia e que no dia 18 o partido fará uma reunião do Diretório Nacional.
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Tesoureiro do PT nega acusações e diz que foi "caluniado e massacrado"
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da Folha Online
O tesoureiro do PT, Delúbio Soares, afirmou nesta quarta-feira que foi "caluniado e massacrado" com as declarações de corrupção feitas pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ). "Fui caluniado e massacrado. Estou indignado com o que foi dito. O PT não participa de compra de votos de deputados."
Em entrevista publicada pela Folha na segunda-feira, Jefferson afirmou que o tesoureiro do PT pagava um "mensalão" a parlamentares em troca de apoio ao governo no Congresso. De acordo com o presidente do PTB, eram R$ 30 mil mensais entregues a deputados do PP e do PL.
Após reunião extraordinária da Executiva Nacional do partido, em São Paulo, Delúbio falou à imprensa e negou as acusações de Roberto Jefferson. "O governo tem feito um combate implacável à corrupção no país. Nesses mais de 30 anos de militância política, não acumulei vantagens, tudo que tenho foi obtido com muito esforço. Coloco à disposição da Justiça meus sigilos fiscal e bancário", declarou.
O presidente do PT, José Genoino, voltou a falar hoje que Delúbio permanece no cargo e que o partido irá acompanhar as investigações no Congresso sobre as denúncias do "mensalão". "Não foi discutida a possibilidade dele deixar a Executiva do PT. O que existe são ofensas, agressões. Ele [Delúbio] comunicou ao partido que está à disposição do PT para prestar contas de seu trabalho", disse Genoino.
"O PT não abre mão do combate à corrupção, em defesa da ética. O PT não se rende e não se vende. O PT não tem medo e eu, em particular, também não. Nós estamos muito tranqüilos e vamos até o fim", afirmou o tesoureiro do partido, reiterando que, se for preciso, abre os sigilos telefônico e bancário de seus familiares também.
Chantagem
Para Delúbio, as declarações do presidente do PTB têm o objetivo de chantagear o governo. "Nós estamos entendendo o conteúdo da entrevista que fala de compra de apoio como uma ameaça a membros do Congresso Nacional e aos partidos", afirmou.
Um pouco nervoso, Delúbio se atrapalhou quando questionado se já havia recebido presidentes de outros partidos em sua casa. Primeiro, o tesoureiro afirmou que não, que nunca recebeu nenhum presidente de partido em sua casa. Pressionado por jornalistas, o tesoureiro voltou atrás e afirmou ter recebido dirigentes de outros partidos em sua casa em Goiás e em São Paulo.
Delúbio ressaltou que o PT presta contas, anualmente, ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Nossas contas estão à disposição da sociedade e da imprensa no TSE."
Questionado se conhecia a palavra "mensalão", o tesoureiro afirmou que ouviu a palavra duas vezes: em setembro do ano passado, em reportagem publicada no Jornal do Brasil, e na segunda-feira, em entrevista da Folha.
Afastamento
As bancadas do PTB na Câmara e no Senado decidiram pedir o afastamento do deputado Roberto Jefferson (RJ) da presidência do partido. Senadores do PT resolveram apoiar uma possível CPI do "mensalão". O PL informou que vai pedir a cassação do mandato de Roberto Jefferson.
O governo, por sua vez, anunciou a troca de toda a diretoria dos Correios e do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), órgãos citados em denúncias recentes de corrupção no governo federal. Além disso, líderes da base governista manifestaram apoio à CPI dos Correios.
Ato
O presidente do PT afirmou que no próximo dia 17 haverá um ato de defesa do PT e da democracia e que no dia 18 o partido fará uma reunião do Diretório Nacional.
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