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13/06/2005
-
16h46
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), fez na tarde desta segunda-feira um apelo na tribuna da Casa pedindo para que todos os ministros petistas coloquem seus cargos à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Viana foi além do esperado e pediu também o afastamento de todos os petistas filiados que ocupam cargos de confiança no governo.
"Eu entendo que o maior gesto que nós teríamos agora era o Partido dos Trabalhadores, com sua grandeza, com sua história e com a sua coerência, que está sendo alvo de um ataque duro e impiedoso, cruel e no meu entendimento injusto, mostrar desprendimento e mostrar grandeza. O Partido dos Trabalhadores, com os seus ministros, colocaria os cargos à disposição do presidente da República, para que ele se sentisse muito à vontade."
Para Viana, o único ministro que é indispensável ao governo é Antonio Palocci, da Fazenda. "Não tenho dúvida que um ministro, como é o ministro Palocci, é um ministro que faz parte do Estado. Ele está acima de qualquer dúvida de vínculo partidário. Ele é reconhecido pelas oposições, é reconhecido pela base do governo, ele não faria parte disso. É imprescindível uma figura como a do ministro Palocci numa hora destas, mas os outros podem perfeitamente demonstrar esta grandeza."
Sobre a saída dos filiados do partido dos cargos de confiança, o primeiro vice-presidente do Senado classificou o gesto como um passo a mais na busca pela governabilidade. "Nós poderíamos dar um prazo, nós filiados do PT, no máximo em 60 dias, teríamos uma transição para que o presidente pegasse todos os supostos filiados ao PT e cargos de confiança para que estes cargos fossem preenchidos por servidores de carreira, como foi agora nos Correios."
Segundo Viana, o governo deveria promover um concurso público para preencher os cargos de confiança que sobrassem caso o número de funcionários de carreira na ativa não fosse suficiente. "Com isso, estaríamos completamente livres, demonstrando nossa responsabilidade de um incondicional apoio que damos e devemos dar ao presidente Lula."
O primeiro vice-presidente do Senado avaliou ainda que não será a saída do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, ou do ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, que vai solucionar os problemas do governo. "Não se pode transferir culpa para alguém com a biografia do ministro José Dirceu. Temos que agir como um todo. Como um partido preparado para governar este país e pronto para mostrar seu desprendimento."
No embalo do senador Tião Viana, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um apelo para que o ministro da Previdência, Romero Jucá, também entregue o seu cargo, assim como o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Os dois também são alvo de denúncias.
Meirelles é acusado de evasão de divisas e sonegação fiscal. Já o ministro da Previdência enfrenta uma investigação, autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), por denúncias de irregularidade em empréstimo concedido pelo Basa (Banco da Amazônia) à empresa Frangonorte, da qual Jucá era um dos sócios.
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Tião Viana defende saída de ministros e devolução de cargos de confiança
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da Folha Online, em Brasília
O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), fez na tarde desta segunda-feira um apelo na tribuna da Casa pedindo para que todos os ministros petistas coloquem seus cargos à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Viana foi além do esperado e pediu também o afastamento de todos os petistas filiados que ocupam cargos de confiança no governo.
"Eu entendo que o maior gesto que nós teríamos agora era o Partido dos Trabalhadores, com sua grandeza, com sua história e com a sua coerência, que está sendo alvo de um ataque duro e impiedoso, cruel e no meu entendimento injusto, mostrar desprendimento e mostrar grandeza. O Partido dos Trabalhadores, com os seus ministros, colocaria os cargos à disposição do presidente da República, para que ele se sentisse muito à vontade."
Para Viana, o único ministro que é indispensável ao governo é Antonio Palocci, da Fazenda. "Não tenho dúvida que um ministro, como é o ministro Palocci, é um ministro que faz parte do Estado. Ele está acima de qualquer dúvida de vínculo partidário. Ele é reconhecido pelas oposições, é reconhecido pela base do governo, ele não faria parte disso. É imprescindível uma figura como a do ministro Palocci numa hora destas, mas os outros podem perfeitamente demonstrar esta grandeza."
Sobre a saída dos filiados do partido dos cargos de confiança, o primeiro vice-presidente do Senado classificou o gesto como um passo a mais na busca pela governabilidade. "Nós poderíamos dar um prazo, nós filiados do PT, no máximo em 60 dias, teríamos uma transição para que o presidente pegasse todos os supostos filiados ao PT e cargos de confiança para que estes cargos fossem preenchidos por servidores de carreira, como foi agora nos Correios."
Segundo Viana, o governo deveria promover um concurso público para preencher os cargos de confiança que sobrassem caso o número de funcionários de carreira na ativa não fosse suficiente. "Com isso, estaríamos completamente livres, demonstrando nossa responsabilidade de um incondicional apoio que damos e devemos dar ao presidente Lula."
O primeiro vice-presidente do Senado avaliou ainda que não será a saída do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, ou do ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, que vai solucionar os problemas do governo. "Não se pode transferir culpa para alguém com a biografia do ministro José Dirceu. Temos que agir como um todo. Como um partido preparado para governar este país e pronto para mostrar seu desprendimento."
No embalo do senador Tião Viana, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um apelo para que o ministro da Previdência, Romero Jucá, também entregue o seu cargo, assim como o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Os dois também são alvo de denúncias.
Meirelles é acusado de evasão de divisas e sonegação fiscal. Já o ministro da Previdência enfrenta uma investigação, autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), por denúncias de irregularidade em empréstimo concedido pelo Basa (Banco da Amazônia) à empresa Frangonorte, da qual Jucá era um dos sócios.
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