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17/06/2005 - 11h16

Pesquisa CNI/Ibope mostra oscilação negativa na avaliação do governo Lula

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JANAINA LAGE
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília e no Rio

Pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje mostra que a avaliação do governo e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oscilou negativamente em relação a março, data da pesquisa anterior feita antes das denúncias de suposto esquema de corrupção nos Correios e no IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), que surgiram em maio. A margem de erro é de 2,2 para cima ou para baixo.

A avaliação do governo Lula foi considerada boa/ótima por 39% dos entrevistados em março. Este número caiu para 35% em junho, após entrevista da Folha, publicada no último dia 6, com o presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), em que o deputado aponta um suposto esquema de mesada no Congresso. A pesquisa CNI/Ibope foi feita entre os dias 9 a 13 de junho.

A pesquisa CNI/Ibope mostra também que a avaliação ruim/péssimo, que era de 17% em março, passou para 22% em junho. O resultado vai ao encontro do apurado pelo Datafolha entre 31 de maio e 1º de junho, que já refletia o escândalo dos Correios, que culminou na abertura de uma CPI no Congresso.

Na pesquisa CNI/Ibope de hoje, a avaliação regular se manteve estável em 41% nas duas últimas pesquisas. Não souberam ou não quiseram opinar 3% dos entrevistados em março, contra 2% em junho.

O resultado da CNI/Ibope aponta também oscilação na avaliação positiva do governo de 22% para 13%. Houve ainda uma queda nos índices de aprovação do governo. Em março, 58% aprovavam o governo. Em junho, este numero caiu para 55%.

O índice de eleitores que desaprovam o governo subiu de 33% em março para 38% em junho. Não souberam ou não quiseram opinar, 9% em março e 7% em junho.

Segundo avaliação da CNI/Ibope, o resultado da queda de avaliação e de aprovação do governo está diretamente ligado às denúncias de corrupção envolvendo instituições da administração federal e integrantes do governo.

A pesquisa foi realizada de 9 a 13 de junho, com 2.002 eleitores em 143 municípios.

Repercussão

No Rio de Janeiro, o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, comentou que o resultado da pesquisa do Ibope e disse que a queda na avaliação do governo não foi tão acentuada.

Segundo ele, a piora na avaliação foi mais intensa durante a crise do caso Waldomiro Diniz, escândalo que envolveu um assessor da Casa Civil, acusado no ano passado de pedir propina.

"Sou um otimista. Acho que apesar de tudo, a crise terá um desfecho dentro da ordem institucional e com um custo menor para a economia", disse ele, numa referência ao momento de turbulência politica que o governo atravessa.

Ele classificou a saída do ex-ministro-chefe da Casa Civil Dirceu como um gesto de "compreensão política".

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