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21/06/2005
-
13h35
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que ele é a pessoa mais indicada para fazer o que precisa ser feito em relação à corrupção. "Ninguém neste país tem mais autoridade moral e ética do que eu para fazer o que precisa ser feito nesse país", afirmou em discurso na cerimônia de abertura do Congresso Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária em Luziânia (GO).
"Tudo isso que estamos vivendo é por conta de um cidadão que diz que pegou R$ 3 mil, um cidadão de terceiro escalão", continuou, em um referência à gravação divulgada que mostra o ex-chefe de Departamento de Contratação Maurício Marinho recebendo dinheiro.
Em uma fala contundente, o presidente declarou que as denúncias de corrupção deverão ser investigadas sem manchar o nome de pessoas inocentes e cobrou do Congresso agilidade na votação dos projetos.
"Eles não sabem com quem estão lidando. Eu vou repetir uma coisa: com corrupção a gente não brinca, porque a gente não pode manchar o nome das pessoas, a gente não pode colocar pessoas desnudas na frente da sociedade, depois não provar nada e ninguém pede desculpas. Nós já vimos isso ao longo da história", afirmou.
Segundo Lula, depois de seu governo ter quebrado todas as barreiras impostas pela oposição, agora resolveram "mexer na questão ética". O presidente afirmou que pretende transformar a luta contra a corrupção em uma "prática cotidiana". "Tem que ser mudanças em todas as instituições, mudança de comportamento."
"Eu sei que a oposição tem mais pressa, é sempre assim. Um mandato para quem está no governo é curto, de quatro anos, para quem está na oposição é uma eternidade. E vocês sabem que eu tenho experiência em ser oposição."
Lula destacou que as denúncias vão ser investigadas contra quem quer que seja, sem bravata. "Neste país eu já vi bravata. Nesse país, eu já vi alguém ser eleito em nome de ser o caçador de marajás. E todo mundo viu o que aconteceu."
Ainda no discurso, o presidente declarou que o "maior legado" que quer levar de seu governo é poder continuar a falar de "cabeça erguida".
Congresso
Ao comentar a criação de CPIs para apurar as denúncias de corrupção nos Correios e a suposta existência de pagamento de mesada, o presidente pediu que os parlamentares não deixem as votações dos projetos de lado.
"Não podemos permitir que por conta de uma CPI o Congresso não funcione. O Congresso pode estabelecer horário para CPI, horário para as comissões, horário para votar. Esse país é muito grande e a democracia está muito sólida, para a gente achar que uma CPI pode criar qualquer embaraço."
Para Lula, o Congresso Nacional não pode parar por causa de "insinuações", porque os projetos que tramitam no Legislativo são importantes para o país. "Eu não tenho no Congresso Nacional nenhum projeto pedindo aumento para o presidente, nenhum projeto pedindo prorrogação de mandato para o presidente. Não tenho nenhum projeto do meu interesse. Os projetos que estão Congresso Nacional são de interesses do país", acrescentou.
Com Agência Brasil
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Lula diz ter "moral e ética" para combater a corrupção
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que ele é a pessoa mais indicada para fazer o que precisa ser feito em relação à corrupção. "Ninguém neste país tem mais autoridade moral e ética do que eu para fazer o que precisa ser feito nesse país", afirmou em discurso na cerimônia de abertura do Congresso Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária em Luziânia (GO).
"Tudo isso que estamos vivendo é por conta de um cidadão que diz que pegou R$ 3 mil, um cidadão de terceiro escalão", continuou, em um referência à gravação divulgada que mostra o ex-chefe de Departamento de Contratação Maurício Marinho recebendo dinheiro.
Em uma fala contundente, o presidente declarou que as denúncias de corrupção deverão ser investigadas sem manchar o nome de pessoas inocentes e cobrou do Congresso agilidade na votação dos projetos.
"Eles não sabem com quem estão lidando. Eu vou repetir uma coisa: com corrupção a gente não brinca, porque a gente não pode manchar o nome das pessoas, a gente não pode colocar pessoas desnudas na frente da sociedade, depois não provar nada e ninguém pede desculpas. Nós já vimos isso ao longo da história", afirmou.
Segundo Lula, depois de seu governo ter quebrado todas as barreiras impostas pela oposição, agora resolveram "mexer na questão ética". O presidente afirmou que pretende transformar a luta contra a corrupção em uma "prática cotidiana". "Tem que ser mudanças em todas as instituições, mudança de comportamento."
"Eu sei que a oposição tem mais pressa, é sempre assim. Um mandato para quem está no governo é curto, de quatro anos, para quem está na oposição é uma eternidade. E vocês sabem que eu tenho experiência em ser oposição."
Lula destacou que as denúncias vão ser investigadas contra quem quer que seja, sem bravata. "Neste país eu já vi bravata. Nesse país, eu já vi alguém ser eleito em nome de ser o caçador de marajás. E todo mundo viu o que aconteceu."
Ainda no discurso, o presidente declarou que o "maior legado" que quer levar de seu governo é poder continuar a falar de "cabeça erguida".
Congresso
Ao comentar a criação de CPIs para apurar as denúncias de corrupção nos Correios e a suposta existência de pagamento de mesada, o presidente pediu que os parlamentares não deixem as votações dos projetos de lado.
"Não podemos permitir que por conta de uma CPI o Congresso não funcione. O Congresso pode estabelecer horário para CPI, horário para as comissões, horário para votar. Esse país é muito grande e a democracia está muito sólida, para a gente achar que uma CPI pode criar qualquer embaraço."
Para Lula, o Congresso Nacional não pode parar por causa de "insinuações", porque os projetos que tramitam no Legislativo são importantes para o país. "Eu não tenho no Congresso Nacional nenhum projeto pedindo aumento para o presidente, nenhum projeto pedindo prorrogação de mandato para o presidente. Não tenho nenhum projeto do meu interesse. Os projetos que estão Congresso Nacional são de interesses do país", acrescentou.
Com Agência Brasil
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