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22/06/2005
-
20h26
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O relator da representação contra o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) no Conselho de Ética, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), confirmou nesta quarta-feira que pode pedir o depoimento do ex-chefe do Departamento de Contratação de Material dos Correios, Maurício Marinho.
"Já pedi à assessoria verificar o depoimento dele. Se houver pontos que nos interessem, vou requisitar", disse Carneiro, acrescentando que a investigação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios e do Conselho de Ética estão se aproximando.
Segundo Carneiro, é fundamental que deputados e senadores definam o objeto de investigação das denúncias feitas por Jefferson para evitar problemas.
No Conselho de Ética, Jefferson foi alvo de representação pedida pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto (SP) por quebra de decoro parlamentar. Segundo o presidente da sigla, Jefferson denunciou a suposta existência de pagamento de mesada a parlamentares da base aliada sem ter apresentado provas.
Na Corregedoria da Câmara, Jefferson está sendo investigado também pelas denúncias de cobrança de mesada por parte do seu partido, junto aos seus apadrinhados nos Correios. Caso a corregedoria comprove a veracidade das denúncias e decida pedir a cassação do mandato de Jefferson, o também irá parar no Conselho de Ética.
Sobre os depoimentos desta quarta-feira, Carneiro afirmou ter ficado surpreendido com o fato de duas pessoas prestarem informações tão divergentes sobre o mesmo tema. A deputada licenciada e secretária de Ciência e Tecnologia de Goiás, Raquel Teixeira (PSDB-GO), confirmou ter recebido de Sandro Mabel (PSDB-GO) proposta financeira para trocar de legenda.
Mabel, por outro lado, negou que tenha oferecido dinheiro e sustentou que foi a deputada que o procurou. "É mentira. Eu nunca fiz proposta de dinheiro. Um milhão é dinheiro demais. O meu partido iria pedir uma CPI se eu gastasse tanto dinheiro assim", declarou.
Por causa das contradições nos dois depoimentos, Carneiro avaliou que deverá ser feita uma acareação entre Mabel e Raquel. "Primeiro teremos que ampliar as investigações, mas a acareação pode ser necessária no futuro", disse o relator.
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O relator da representação contra o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) no Conselho de Ética, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), confirmou nesta quarta-feira que pode pedir o depoimento do ex-chefe do Departamento de Contratação de Material dos Correios, Maurício Marinho.
"Já pedi à assessoria verificar o depoimento dele. Se houver pontos que nos interessem, vou requisitar", disse Carneiro, acrescentando que a investigação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios e do Conselho de Ética estão se aproximando.
Segundo Carneiro, é fundamental que deputados e senadores definam o objeto de investigação das denúncias feitas por Jefferson para evitar problemas.
No Conselho de Ética, Jefferson foi alvo de representação pedida pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto (SP) por quebra de decoro parlamentar. Segundo o presidente da sigla, Jefferson denunciou a suposta existência de pagamento de mesada a parlamentares da base aliada sem ter apresentado provas.
Na Corregedoria da Câmara, Jefferson está sendo investigado também pelas denúncias de cobrança de mesada por parte do seu partido, junto aos seus apadrinhados nos Correios. Caso a corregedoria comprove a veracidade das denúncias e decida pedir a cassação do mandato de Jefferson, o também irá parar no Conselho de Ética.
Sobre os depoimentos desta quarta-feira, Carneiro afirmou ter ficado surpreendido com o fato de duas pessoas prestarem informações tão divergentes sobre o mesmo tema. A deputada licenciada e secretária de Ciência e Tecnologia de Goiás, Raquel Teixeira (PSDB-GO), confirmou ter recebido de Sandro Mabel (PSDB-GO) proposta financeira para trocar de legenda.
Mabel, por outro lado, negou que tenha oferecido dinheiro e sustentou que foi a deputada que o procurou. "É mentira. Eu nunca fiz proposta de dinheiro. Um milhão é dinheiro demais. O meu partido iria pedir uma CPI se eu gastasse tanto dinheiro assim", declarou.
Por causa das contradições nos dois depoimentos, Carneiro avaliou que deverá ser feita uma acareação entre Mabel e Raquel. "Primeiro teremos que ampliar as investigações, mas a acareação pode ser necessária no futuro", disse o relator.
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