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22/06/2005
-
21h57
THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha
O deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) afirma que introduziu o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, suposto operador do "mensalão", ao círculo petista em Brasília --congressistas e integrantes do governo Lula. Virgílio disse conhecer Valério desde a infância, período em que viveram em Curvelo (MG).
Por ter lançado sua candidatura à presidência da Câmara, descumprindo determinação do PT, Virgílio teve os direitos partidários suspensos por um ano pelo Diretório Nacional do partido no mês passado. Com isso, está impedido de votar e ser votado nas instâncias do partido e de exercer cargos de representação na Câmara.
Segundo Virgílio, sua relação com o publicitário ficou mais forte após a DNA Propaganda --uma das empresas na qual Valério aparece como sócio --ter feito de graça a programação visual de sua campanha a deputado federal em 2002.
Após a eleição, Valério pediu a Virgílio que o apresentasse a membros do PT e do governo. "Ele disse que tinha vários contratos em andamento com o governo federal, mas que não conhecia ninguém do governo nem do PT. Conhecia algumas pessoas, mas nem todas", disse o deputado à Folha.
Virgílio declarou que, durante a "euforia da pré-posse e pós-posse" do governo Lula, esteve com Valério em "muitos eventos" em Brasília, como festas e encontros em restaurantes. Disse "não saber exatamente" a quem apresentou Valério nessas ocasiões, mas citou o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, como uma dessas pessoas.
O deputado afirmou que, por ser "despachado, dinâmico, envolvente e simpático", Valério estabeleceu seus próprios contatos no governo e na cúpula petista. "Ele rapidamente criou luz própria, não me pediu mais nada."
Para Virgílio, o afastamento entre ele e o publicitário --com quem disse não ter contato desde o ano passado --foi natural, pois Valério se aproximou do "grupo dos cinco", com o qual não mantém boas relações.
Segundo o deputado, integram o "grupo dos cinco" o ex-ministro da Casa Civil e deputado federal por São Paulo José Dirceu, o presidente do PT, José Genoino, o secretário-geral do partido, Sílvio Pereira, o secretário de Comunicação do PT, Marcelo Sereno, e o tesoureiro Delúbio Soares.
Virgílio disse que, ainda no início do governo, esteve com Valério e o diretor do Banco Rural José Augusto Dumont --morto em acidente de carro no ano passado --no Banco Central. O deputado afirmou ter ido discutir proposta de sua autoria que daria início à discussão sobre a autonomia do BC. Dumont e Valério --que atende a conta publicitária do Rural --teriam ido discutir assuntos de interesse do banco mineiro.
A assessoria do Rural informou que não tem como confirmar se houve o encontro.
Virgílio afirmou "ter certeza" que outros congressistas conheciam Valério. "Não tenho o menor problema em dizer isso [que conhecia Valério]. Não sou daqueles de cuspir no prato que comeu. Ele me ajudou, eu sou amigo dele. Torço tremendamente para que não tenha nada [sobre as denúncias do "mensalão"], ficaria extremamente feliz."
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Virgílio afirma que introduziu publicitário ao círculo petista
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da Agência Folha
O deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) afirma que introduziu o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, suposto operador do "mensalão", ao círculo petista em Brasília --congressistas e integrantes do governo Lula. Virgílio disse conhecer Valério desde a infância, período em que viveram em Curvelo (MG).
Por ter lançado sua candidatura à presidência da Câmara, descumprindo determinação do PT, Virgílio teve os direitos partidários suspensos por um ano pelo Diretório Nacional do partido no mês passado. Com isso, está impedido de votar e ser votado nas instâncias do partido e de exercer cargos de representação na Câmara.
Segundo Virgílio, sua relação com o publicitário ficou mais forte após a DNA Propaganda --uma das empresas na qual Valério aparece como sócio --ter feito de graça a programação visual de sua campanha a deputado federal em 2002.
Após a eleição, Valério pediu a Virgílio que o apresentasse a membros do PT e do governo. "Ele disse que tinha vários contratos em andamento com o governo federal, mas que não conhecia ninguém do governo nem do PT. Conhecia algumas pessoas, mas nem todas", disse o deputado à Folha.
Virgílio declarou que, durante a "euforia da pré-posse e pós-posse" do governo Lula, esteve com Valério em "muitos eventos" em Brasília, como festas e encontros em restaurantes. Disse "não saber exatamente" a quem apresentou Valério nessas ocasiões, mas citou o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, como uma dessas pessoas.
O deputado afirmou que, por ser "despachado, dinâmico, envolvente e simpático", Valério estabeleceu seus próprios contatos no governo e na cúpula petista. "Ele rapidamente criou luz própria, não me pediu mais nada."
Para Virgílio, o afastamento entre ele e o publicitário --com quem disse não ter contato desde o ano passado --foi natural, pois Valério se aproximou do "grupo dos cinco", com o qual não mantém boas relações.
Segundo o deputado, integram o "grupo dos cinco" o ex-ministro da Casa Civil e deputado federal por São Paulo José Dirceu, o presidente do PT, José Genoino, o secretário-geral do partido, Sílvio Pereira, o secretário de Comunicação do PT, Marcelo Sereno, e o tesoureiro Delúbio Soares.
Virgílio disse que, ainda no início do governo, esteve com Valério e o diretor do Banco Rural José Augusto Dumont --morto em acidente de carro no ano passado --no Banco Central. O deputado afirmou ter ido discutir proposta de sua autoria que daria início à discussão sobre a autonomia do BC. Dumont e Valério --que atende a conta publicitária do Rural --teriam ido discutir assuntos de interesse do banco mineiro.
A assessoria do Rural informou que não tem como confirmar se houve o encontro.
Virgílio afirmou "ter certeza" que outros congressistas conheciam Valério. "Não tenho o menor problema em dizer isso [que conhecia Valério]. Não sou daqueles de cuspir no prato que comeu. Ele me ajudou, eu sou amigo dele. Torço tremendamente para que não tenha nada [sobre as denúncias do "mensalão"], ficaria extremamente feliz."
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