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24/06/2005
-
18h10
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs hoje ao PMDB maior apoio e participação da legenda no primeiro escalão do governo para garantir uma base de sustentação sólida no Congresso Nacional. Em um almoço no Palácio do Planalto, Lula teria garantido ainda que o PMDB teria "comando por inteiro" do ministério que fosse oferecido aos integrantes do partido.
Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que participou do almoço, a proposta será agora levada às instâncias partidárias para saber se há aceitação da proposta. "O que ficou claro foi o fortalecimento do PMDB e a sua importância agora para o governo", disse Calheiros.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), que também participou do almoço, informou que o presidente convidou o PMDB para integrar um governo de coalizão com compromisso político de fazer um pacto em favor da governabilidade. O líder do governo informou ainda que agora o PMDB vai fazer suas consultas e, na próxima semana, haverá uma nova reunião em que o PMDB apresentará uma resposta ao presidente Lula.
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que defendia a necessidade de uma convenção, amenizou seu discurso após o encontro. Temer declarou que iniciará as consultas por telefone já a partir de hoje.
"Todas as lideranças partidárias devem ser ouvidas. Uma reunião do partido deve ser agendada já para a próxima semana , mas não se cogita neste momento a realização de uma convenção, explicou Temer. "Primeiro vamos conversar com todos os setores do partido".
Calheiros disse que o PMDB sempre defendeu a governabilidade e avaliou que este é o momento para que o partido entre no jogo e evite que "uma crise política se transforme em uma crise econômica". Ainda de acordo com Calheiros, o presidente Lula pediu urgência na resposta do PMDB.
Atualmente, os peemedebistas controlam dois ministérios das Comunicações e da Previdência. Nem Mercadante, nem os peemedebistas que participaram da reunião adiantaram qual será o novo tamanho do partido no governo.
2006
A negociação para a segunda reforma ministerial não passa, pelo menos até agora, por uma de aliança entre PT e PMDB para as eleições de 2006. Temer é da ala que defende a candidatura própria à presidência da República. Nas negociações para a segunda reforma, abortada anteriormente por causa da pressão do PP por mais espaço, Lula chegou a estudar com Calheiros e com o líder do partido no Senado, Ney Suassuna (PB), em quais Estados seria viável uma aliança entre PT e PMDB.
De acordo com as conversas de hoje, as negociações para 2006 estariam suspensas. "[A reforma ministerial] nada tem a ver com o processo eleitoral de 2006. O PMDB seguirá o seu caminho", afirmou Temer. "O presidente quase que expressamente excluiu a possibilidade da aliança", continuou.
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Lula chama PMDB para participar mais do governo e pede urgência na resposta
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da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs hoje ao PMDB maior apoio e participação da legenda no primeiro escalão do governo para garantir uma base de sustentação sólida no Congresso Nacional. Em um almoço no Palácio do Planalto, Lula teria garantido ainda que o PMDB teria "comando por inteiro" do ministério que fosse oferecido aos integrantes do partido.
Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que participou do almoço, a proposta será agora levada às instâncias partidárias para saber se há aceitação da proposta. "O que ficou claro foi o fortalecimento do PMDB e a sua importância agora para o governo", disse Calheiros.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), que também participou do almoço, informou que o presidente convidou o PMDB para integrar um governo de coalizão com compromisso político de fazer um pacto em favor da governabilidade. O líder do governo informou ainda que agora o PMDB vai fazer suas consultas e, na próxima semana, haverá uma nova reunião em que o PMDB apresentará uma resposta ao presidente Lula.
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que defendia a necessidade de uma convenção, amenizou seu discurso após o encontro. Temer declarou que iniciará as consultas por telefone já a partir de hoje.
"Todas as lideranças partidárias devem ser ouvidas. Uma reunião do partido deve ser agendada já para a próxima semana , mas não se cogita neste momento a realização de uma convenção, explicou Temer. "Primeiro vamos conversar com todos os setores do partido".
Calheiros disse que o PMDB sempre defendeu a governabilidade e avaliou que este é o momento para que o partido entre no jogo e evite que "uma crise política se transforme em uma crise econômica". Ainda de acordo com Calheiros, o presidente Lula pediu urgência na resposta do PMDB.
Atualmente, os peemedebistas controlam dois ministérios das Comunicações e da Previdência. Nem Mercadante, nem os peemedebistas que participaram da reunião adiantaram qual será o novo tamanho do partido no governo.
2006
A negociação para a segunda reforma ministerial não passa, pelo menos até agora, por uma de aliança entre PT e PMDB para as eleições de 2006. Temer é da ala que defende a candidatura própria à presidência da República. Nas negociações para a segunda reforma, abortada anteriormente por causa da pressão do PP por mais espaço, Lula chegou a estudar com Calheiros e com o líder do partido no Senado, Ney Suassuna (PB), em quais Estados seria viável uma aliança entre PT e PMDB.
De acordo com as conversas de hoje, as negociações para 2006 estariam suspensas. "[A reforma ministerial] nada tem a ver com o processo eleitoral de 2006. O PMDB seguirá o seu caminho", afirmou Temer. "O presidente quase que expressamente excluiu a possibilidade da aliança", continuou.
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