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30/06/2005
-
08h45
da Folha Online
O deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), pivô da maior crise política do governo Luiz Inácio Lula da Silva, depõe nesta quinta-feira na CPI mista dos Correios, que investiga denúncias de um esquema de corrupção na estatal.
O depoimento de Jefferson estava previsto para a manhã de hoje, mas foi adiado para o início da tarde porque os ex-diretores da estatal Antônio Osório Batista (Administração) e Eduardo Medeiros (Tecnologia), que seriam ouvidos ontem, estão prestando depoimento hoje à CPI.
O estopim da crise aconteceu com a divulgação da gravação em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material da estatal Maurício Marinho aparece recebendo R$ 3.000 para favorecer uma empresa em licitação da estatal.
Esse esquema de corrupção teria por objetivo reforçar o caixa do PTB. Alguns dos diretores supostamente envolvidos no esquema são indicações do partido.
Apontado como um "avalista" do esquema de corrupção por um dos diretores dos Correios denunciados, Jefferson se defendeu "atirando": concedeu uma entrevista bombástica à Folha em que menciona pela primeira vez a existência de um "mensalão", uma suposta mesada paga pelo governo para parlamentares da base aliada.
Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, Jefferson acrescentou mais detalhes à história do "mensalão", onde cita vários membros do PT e de partidos da base aliada do governo. Até o momento, Jefferson não apresentou provas materiais de suas acusações.
"Mensalão"
Segundo Jefferson, o dinheiro do "mensalão" vinha de estatais e chegava a Brasília "em malas" para ser distribuído em ação comandada pelo tesoureiro do PT, Delúbio Soares, com a ajuda de "operadores" como o publicitário Marcos Valério e o líder do PP na Câmara, José Janene (PR).
O presidente do PTB poupou Lula, mas envolveu ainda mais José Dirceu, e outros integrantes do que ele chama de "cabeça" do PT: José Genoino, Delúbio Soares, Silvio Pereira e Marcelo Sereno.
Após esse depoimento, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, saiu do governo e retomou sua posição como deputado federal na Câmara.
A CPI
A CPI dos Correios começou a destrinchar nesta semana os envolvidos no esquema de corrupção, tendo ouvido o mandante da gravação, o empresário Arthur Wascheck, alguns dos envolvidos diretos na gravação, e ontem, os ex-diretores dos Correios que seriam os responsáveis diretos pelas contratações irregulares da estatal.
Ontem, a comissão aprovou a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário do empresário e sócio de agência SMPB e DNA, Marcos Valério de Souza, e de Arthur Wascheck. A CPI terá acesso a dados retroativos a cinco anos.
A comissão também marcou para a próxima quarta-feira os depoimentos de Marcos Valério, apontado por Jefferson como um dos "operadores" do esquema de "mensalão", e de sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio.
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Roberto Jefferson, pivô da crise, depõe na CPI dos Correios
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O deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), pivô da maior crise política do governo Luiz Inácio Lula da Silva, depõe nesta quinta-feira na CPI mista dos Correios, que investiga denúncias de um esquema de corrupção na estatal.
O depoimento de Jefferson estava previsto para a manhã de hoje, mas foi adiado para o início da tarde porque os ex-diretores da estatal Antônio Osório Batista (Administração) e Eduardo Medeiros (Tecnologia), que seriam ouvidos ontem, estão prestando depoimento hoje à CPI.
O estopim da crise aconteceu com a divulgação da gravação em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material da estatal Maurício Marinho aparece recebendo R$ 3.000 para favorecer uma empresa em licitação da estatal.
Esse esquema de corrupção teria por objetivo reforçar o caixa do PTB. Alguns dos diretores supostamente envolvidos no esquema são indicações do partido.
Apontado como um "avalista" do esquema de corrupção por um dos diretores dos Correios denunciados, Jefferson se defendeu "atirando": concedeu uma entrevista bombástica à Folha em que menciona pela primeira vez a existência de um "mensalão", uma suposta mesada paga pelo governo para parlamentares da base aliada.
Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, Jefferson acrescentou mais detalhes à história do "mensalão", onde cita vários membros do PT e de partidos da base aliada do governo. Até o momento, Jefferson não apresentou provas materiais de suas acusações.
"Mensalão"
Segundo Jefferson, o dinheiro do "mensalão" vinha de estatais e chegava a Brasília "em malas" para ser distribuído em ação comandada pelo tesoureiro do PT, Delúbio Soares, com a ajuda de "operadores" como o publicitário Marcos Valério e o líder do PP na Câmara, José Janene (PR).
O presidente do PTB poupou Lula, mas envolveu ainda mais José Dirceu, e outros integrantes do que ele chama de "cabeça" do PT: José Genoino, Delúbio Soares, Silvio Pereira e Marcelo Sereno.
Após esse depoimento, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, saiu do governo e retomou sua posição como deputado federal na Câmara.
A CPI
A CPI dos Correios começou a destrinchar nesta semana os envolvidos no esquema de corrupção, tendo ouvido o mandante da gravação, o empresário Arthur Wascheck, alguns dos envolvidos diretos na gravação, e ontem, os ex-diretores dos Correios que seriam os responsáveis diretos pelas contratações irregulares da estatal.
Ontem, a comissão aprovou a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário do empresário e sócio de agência SMPB e DNA, Marcos Valério de Souza, e de Arthur Wascheck. A CPI terá acesso a dados retroativos a cinco anos.
A comissão também marcou para a próxima quarta-feira os depoimentos de Marcos Valério, apontado por Jefferson como um dos "operadores" do esquema de "mensalão", e de sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio.
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