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30/06/2005 - 00h13

Governo perde novamente e não consegue criar CPI da compra de votos

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O governo foi derrotado mais uma vez no plenário da Câmara e não conseguiu votar nesta quarta-feira o requerimento de criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da compra de votos.

Por causa das táticas de obstrução da oposição, a sessão de votação do requerimento teve que ser prorrogada pela quarta vez, o que levou a votação para esta quinta-feira e permitiu que a MP 241, que abre créditos para o Ministério da Defesa, passasse a trancar a pauta de votações da Câmara.

A manobra utilizada pelo governo, no início da tarde, com a retirada da MP que criava a loteria Timemania só piorou a situação da base aliada, que teve que enfrentar duras críticas à tentativa de impedir a instalação da CPI mista do "mensalão".

Durante toda a sessão, que teve início ainda no período da manhã, oposição e governo brigaram pelo direito de instalar cada um sua CPI. Governistas querem deixar as investigações do "mensalão" à Câmara, enquanto oposição quer que o assunto seja investigado por deputados e senadores, em uma CPI mista.

No plenário, o clima permanece tenso. A sessão foi prorrogada pelo presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), para garantir a votação da matéria. Com isto, foi adiada a sessão conjunta do Congresso, onde seria lido o requerimento de criação da CPI mista que investigaria o suposto esquema de pagamento de mesadas para a base aliada em troca de apoio político. A leitura do requerimento de criação da CPI mista está programada para às 13h de quinta-feira.

Durante a noite, foram votados e rejeitados vários requerimentos da oposição que visavam evitar a instalação da CPI na Câmara. A tônica das discussões no plenário foi a manobra feita pelo governo, com a retirada da MP que criava a loteria Timemania, para permitir a criação da CPI.

Após ter criticado o governo, o alvo dos ataques da oposição passou a ser Severino, que rejeitou a retirada de pauta da matéria e foi acusado pelo deputado Roberto Freire (PPS-PE) de rasgar o regimento e a constituição.

Freire chegou a ameaçar entrar com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para tornar inválida a sessão na qual seria votado requerimento da CPI antes da votação da MP 241. Como a votação varou a madrugada, e a MP passou a travar a pauta, o presidente nacional do PPS considerou desnecessária a ação judicial.

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