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04/07/2005
-
16h08
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP), afirmou nesta segunda-feira que não deverá haver novo adiamento para a instalação da CPI mista do "mensalão". "Espero sinceramente que não haja novo adiamento, mas sabemos que tudo pode acontecer."
A instalação da CPI mista do "mensalão" está prevista para esta terça-feira à noite, em sessão conjunta do Congresso. Até lá, os governistas insistem em votar, ainda hoje, ou no mais tardar amanhã, o requerimento de criação da CPI da compra de votos, que funcionará apenas na Câmara e vai investigar o suposto esquema de compra de votos montado ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Por causa da disputa entre governo e oposição sobre o foco de investigações, o Congresso corre risco de ficar paralisado ou então ter de duas CPIs --uma mista e uma funcionando na Câmara-- para investigar o "mensalão".
"A CPI mista do 'mensalão' é irreversível. Ela já está garantida. Se o governo insistir em votar o requerimento da base aliada, vamos ter apenas duas CPIs. Para mim, isto é uma tática do governo para dispersar as investigações. Acho que a CPI mista dos Correios deveria investigar as denúncias de mesada, como já está fazendo" comentou o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ).
O tucano avaliou ainda que não há como a CPI do "mensalão", bem como a comissão que vai investigar a compra de votos, funcionar durante o recesso. "Elas ainda não foram criadas, mas agosto já está ai." A proposta da oposição é fazer com que a CPI da Câmara investigue apenas as denúncias de compra de votos no período do governo FHC, enquanto que a CPI mista investigue o "mensalão".
Um dos fatores que impede a CPI da Câmara de investigar o esquema do "mensalão", na opinião dos líderes da oposição, é o fato de os seus principais signatários serem os deputados José Janene (PP-PR) e Sandro Mabel (PL-GO). Os dois foram apontados pelo Roberto Jefferson (PTB-RJ), como responsáveis pela distribuição nas bancadas dos seus partidos, dos recursos da mesada paga pelo governo.
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Congresso pode ter duas CPIs para investigar "mensalão"
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O líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP), afirmou nesta segunda-feira que não deverá haver novo adiamento para a instalação da CPI mista do "mensalão". "Espero sinceramente que não haja novo adiamento, mas sabemos que tudo pode acontecer."
A instalação da CPI mista do "mensalão" está prevista para esta terça-feira à noite, em sessão conjunta do Congresso. Até lá, os governistas insistem em votar, ainda hoje, ou no mais tardar amanhã, o requerimento de criação da CPI da compra de votos, que funcionará apenas na Câmara e vai investigar o suposto esquema de compra de votos montado ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Por causa da disputa entre governo e oposição sobre o foco de investigações, o Congresso corre risco de ficar paralisado ou então ter de duas CPIs --uma mista e uma funcionando na Câmara-- para investigar o "mensalão".
"A CPI mista do 'mensalão' é irreversível. Ela já está garantida. Se o governo insistir em votar o requerimento da base aliada, vamos ter apenas duas CPIs. Para mim, isto é uma tática do governo para dispersar as investigações. Acho que a CPI mista dos Correios deveria investigar as denúncias de mesada, como já está fazendo" comentou o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ).
O tucano avaliou ainda que não há como a CPI do "mensalão", bem como a comissão que vai investigar a compra de votos, funcionar durante o recesso. "Elas ainda não foram criadas, mas agosto já está ai." A proposta da oposição é fazer com que a CPI da Câmara investigue apenas as denúncias de compra de votos no período do governo FHC, enquanto que a CPI mista investigue o "mensalão".
Um dos fatores que impede a CPI da Câmara de investigar o esquema do "mensalão", na opinião dos líderes da oposição, é o fato de os seus principais signatários serem os deputados José Janene (PP-PR) e Sandro Mabel (PL-GO). Os dois foram apontados pelo Roberto Jefferson (PTB-RJ), como responsáveis pela distribuição nas bancadas dos seus partidos, dos recursos da mesada paga pelo governo.
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