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07/07/2005
-
20h04
da Folha Online
O depoimento de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do empresário Marcos Valério de Souza, adicionou mais detalhes aos seus depoimentos anteriores e contestou pelo menos um ponto polêmico do depoimento do seu ex-patrão: o destino dos saques em dinheiro vivo de R$ 20 milhões entre junho de 2003 e maio de 2005, detectado pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras, órgão da Fazenda).
A participação da ex-secretária também abaixou a temperatura da sessão da CPI, que foi tumultuada em suas primeiras horas, quando os integrantes votaram uma lista de requerimentos polêmicos.
Os bate-bocas se precipitaram em pelo menos dois momentos: primeiro, quando votaram os requerimentos para quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de membros da cúpula do PT; segundo, quando os integrantes tomaram conhecimento de que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) teria recuado de suas declarações de que alguns membros da comissão recebiam o "mensalão" --suposto pagamento mensal a parlamentares da base aliada feito pelo governo e que até agora não teve comprovação.
O depoimento desta quinta-feira também marcou uma mudança de atitude dos parlamentares com relação à Fernanda.
Da inquirição agressiva durante o depoimento ao Conselho de Ética, quando alguns tentaram desqualificar seu depoimento, desta vez vários parlamentares fizeram defesas públicas da ex-secretária.
Um exemplo claro dessa mudança ocorreu durante a intervenção do deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ). Ele questionou Fernanda sobre o episódio da suposta ameaça do motoqueiro, sobre suas entrevistas ao jornalista da revista "Istoé Dinheiro" e as da motivações da ex-secretária. As perguntas levaram a um aparte da deputada Denise Frossard (PPS-RJ), o que provocou o início de rápido debate entre os participantes.
Saques
Questionado pela primeira pela vez sobre esses saques de grandes quantias, Valério argumentou que havia utilizado o dinheiro para aquisição de gado, já que alguns criadores não aceitaram cheques, numa versão dada em depoimento Polícia Federal. Em depoimento à CPI dos Correios, o empresário afirmou que utilizou os saques para fazer pagamentos a fornecedores.
Em seu depoimento, Fernanda afirmou que os pagamentos a fornecedores da agência de publicidade SMPB eram pagos por meio de boleto ou transferência bancária.
"Em toda as empresas em que eu trabalhei, todas multinacionais, sempre fizeram pagamentos por boleto bancário ou transferência em conta. Lá [na SMPB] também", afirmou a ex-secretária, em resposta a questionamento sobre as movimentações financeiras da empresa, durante depoimento à CPI.
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O depoimento de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do empresário Marcos Valério de Souza, adicionou mais detalhes aos seus depoimentos anteriores e contestou pelo menos um ponto polêmico do depoimento do seu ex-patrão: o destino dos saques em dinheiro vivo de R$ 20 milhões entre junho de 2003 e maio de 2005, detectado pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras, órgão da Fazenda).
A participação da ex-secretária também abaixou a temperatura da sessão da CPI, que foi tumultuada em suas primeiras horas, quando os integrantes votaram uma lista de requerimentos polêmicos.
Adriano Machado/FI |
Fernanda, na sessão da CPI dos Correios |
O depoimento desta quinta-feira também marcou uma mudança de atitude dos parlamentares com relação à Fernanda.
Da inquirição agressiva durante o depoimento ao Conselho de Ética, quando alguns tentaram desqualificar seu depoimento, desta vez vários parlamentares fizeram defesas públicas da ex-secretária.
Um exemplo claro dessa mudança ocorreu durante a intervenção do deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ). Ele questionou Fernanda sobre o episódio da suposta ameaça do motoqueiro, sobre suas entrevistas ao jornalista da revista "Istoé Dinheiro" e as da motivações da ex-secretária. As perguntas levaram a um aparte da deputada Denise Frossard (PPS-RJ), o que provocou o início de rápido debate entre os participantes.
Saques
Adriano Machado/FI |
Deputados debatem em sessão da CPI dos Correios |
Em seu depoimento, Fernanda afirmou que os pagamentos a fornecedores da agência de publicidade SMPB eram pagos por meio de boleto ou transferência bancária.
"Em toda as empresas em que eu trabalhei, todas multinacionais, sempre fizeram pagamentos por boleto bancário ou transferência em conta. Lá [na SMPB] também", afirmou a ex-secretária, em resposta a questionamento sobre as movimentações financeiras da empresa, durante depoimento à CPI.
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