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09/07/2005 - 10h11

Irmão de Genoino diz que prisão "cheira mal"

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CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

O líder do PT na Assembléia Legislativa do Ceará, José Nobre Guimarães, teve de interromper a reunião de ontem do Campo Majoritário para dar entrevista sobre a prisão do seu assessor, José Adalberto Vieira da Silva, com R$ 200 mil e US$ 100 mil em espécie, no aeroporto de Congonhas.

Logo depois, Nobre teve de dar satisfações aos integrantes do Campo. A prisão de Adalberto pode minar a estratégia pela manutenção de José Genoino, irmão de Nobre, na presidência do PT.

Guimarães diz que conhece o assessor há cerca de 7 a 10 anos, quando militava pelo PT em Aracati. Diz que seu salário é de uns "dois mil e poucos reais" e que está em seu gabinete, há cerca de 3 anos, desde o primeiro mandato.

"Não tinha conhecimento que ele estava em São Paulo. Estou fora do Ceará desde a segunda-feira. Falei com ele na quarta-feira sobre minha agenda no interior do Ceará", disse Nobre, que acrescentou: "Estou tomando conhecimento pela imprensa. Esse fato está me cheirando muito mal. Vamos investigar".

Nobre explicou que o trabalho que Adalberto faz para ele não envolve questões financeiras. "Ele articula a relação do meu mandato com os municípios do interior do Ceará. Nunca mexeu no meu gabinete com finanças."

O deputado disse, porém, que Adalberto é homem de sua confiança. "Ele está no gabinete por indicação minha. Quando um deputado indica um assessor, a priori, as pessoas são de confiança." Nobre explicou que o envolvimento de Adalberto com a política é anterior à sua contratação como assessor parlamentar. "Era militante do PT,trabalhava em Aracati antes de ser meu assessor", disse ele.

O irmão de Genoino questionou o fato de a prisão ter ocorrido no momento em que o PT enfrenta uma série de denúncias e o seu irmão enfrenta pressões para deixar o cargo. "Não sei por que isso se dá de uma hora para outra nesse clima que está aí. Clima de confusão dentro do PT."

Anteontem, a situação de Genoino já havia se deteriorado com a revelação pela "Época" de um segundo empréstimo ao PT avalizado por Marcos Valério.

O deputado cearense procurou isentar o seu irmão de qualquer envolvimento com o episódio. "Isso não tem nada a ver com Genoino. Minha relação com Genoino é política. Sou deputado pelo Ceará e minha responsabilidade é como deputado do Ceará. Para mim o fato é lamentável", disse Nobre.

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