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10/07/2005
-
17h20
da Folha Online
A nova cúpula do PT decidiu neste domingo quais devem ser os próximos passos do partido para reconstruir sua imagem, abalada pela sua pior crise política em 25 anos. A pauta de trabalho prevê uma revisão geral das finanças da legenda, o acompanhamento estrito das questões financeiras, a montagem de uma comissão para averiguar as denúncias contra os membros do PT e o aumento do controle sobre os petistas que ainda façam parte do governo federal.
A nova Executiva do PT se reuniu hoje na capital paulista e divulgou nesta tarde um comunicado onde elenca as principais determinações da reunião. A prioridade do partido deve ser levantar as finanças do PT, hoje com um endividamento da ordem de R$ 20 milhões. O grupo de trabalho que vai avaliar a possibilidade de uma renegociação da dívida será encabeçado pelo novo secretário das Finanças José Pimentel e o novo secretário-geral Ricardo Berzoini.
O PT também vai passar a registrar num livro de agenda todos "os encontros, visitas, negociações e relações dos membros do partido sobre questões financeiras" e que terá o acompanhamento da Executiva e "de quem mais se interessar", segundo o novo presidente do partido, Tarso Genro, atual ministro da Educação.
O foco nas questões financeiras têm explicação nas razões que levaram ao agravamento da crise: as revelações da proximidade entre o ex-secretário das Finanças Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério de Souza, apontado como o operador do suposto esquema do "mensalão".
Maior controle
O partido ainda vai criar uma comissão de ética para investigar as denúncias contra os dois ex-dirigentes da legenda, o ex-secretário-geral Silvio Pereira e o ex-tesoureiro Delúbio Soares.
Ambos são acusados pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-TJ) de serem parte do suposto esquema do "mensalão", o pagamento de parlamentares da base aliada pelo governo.
A nova Executiva também determinou que os ministros do PT tenham no futuro um "relacionamento mais próximo e formal com o partido". Segundo Genro, "os ministros devem ao partido informações e explicações sobre o trabalho que estão fazendo". Berzoini, que já foi ministro da Previdência e do Trabalho na gestão do presidente Lula, será o responsável por apresentar um "programa de relacionamento" do partido com os ministros.
O PT não detalhou que tipo de controle será exercido sobre os ministros nem quais devem ser as consequências de um relacionamento "mais próximo e formal".
Reconstrução
A crise pela qual passa o PT virtualmente destruiu sua cúpula em menos de duas semanas. Primeiro, o secretário-geral Sílvio Pereira e o secretário das Finanças Delúbio Soares pediram afastamento dos cargos para se defender das acusações de fazerem parte do esquema do "mensalão".
A revelação de que o empresário Marcos Valério foi o avalista do PT em duas operações que somaram mais de R$ 5 milhões somente precipitou a renúncia de ambos, que foi seguida quase imediatamente pela saída do presidente José Genoino e do secretário de Comunicação, Marcelo Sereno.
A cúpula foi reconstituída na noite deste sábado, quando os petistas elegeram Tarso Genro, José Pimentel, Humberto Costa e Ricardo Berzoini para ocuparem, respectivamente, a presidência, a pasta de finanças, de comunicação e a secretaria-geral.
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A nova cúpula do PT decidiu neste domingo quais devem ser os próximos passos do partido para reconstruir sua imagem, abalada pela sua pior crise política em 25 anos. A pauta de trabalho prevê uma revisão geral das finanças da legenda, o acompanhamento estrito das questões financeiras, a montagem de uma comissão para averiguar as denúncias contra os membros do PT e o aumento do controle sobre os petistas que ainda façam parte do governo federal.
A nova Executiva do PT se reuniu hoje na capital paulista e divulgou nesta tarde um comunicado onde elenca as principais determinações da reunião. A prioridade do partido deve ser levantar as finanças do PT, hoje com um endividamento da ordem de R$ 20 milhões. O grupo de trabalho que vai avaliar a possibilidade de uma renegociação da dívida será encabeçado pelo novo secretário das Finanças José Pimentel e o novo secretário-geral Ricardo Berzoini.
O PT também vai passar a registrar num livro de agenda todos "os encontros, visitas, negociações e relações dos membros do partido sobre questões financeiras" e que terá o acompanhamento da Executiva e "de quem mais se interessar", segundo o novo presidente do partido, Tarso Genro, atual ministro da Educação.
O foco nas questões financeiras têm explicação nas razões que levaram ao agravamento da crise: as revelações da proximidade entre o ex-secretário das Finanças Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério de Souza, apontado como o operador do suposto esquema do "mensalão".
Maior controle
O partido ainda vai criar uma comissão de ética para investigar as denúncias contra os dois ex-dirigentes da legenda, o ex-secretário-geral Silvio Pereira e o ex-tesoureiro Delúbio Soares.
Ambos são acusados pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-TJ) de serem parte do suposto esquema do "mensalão", o pagamento de parlamentares da base aliada pelo governo.
A nova Executiva também determinou que os ministros do PT tenham no futuro um "relacionamento mais próximo e formal com o partido". Segundo Genro, "os ministros devem ao partido informações e explicações sobre o trabalho que estão fazendo". Berzoini, que já foi ministro da Previdência e do Trabalho na gestão do presidente Lula, será o responsável por apresentar um "programa de relacionamento" do partido com os ministros.
O PT não detalhou que tipo de controle será exercido sobre os ministros nem quais devem ser as consequências de um relacionamento "mais próximo e formal".
Reconstrução
A crise pela qual passa o PT virtualmente destruiu sua cúpula em menos de duas semanas. Primeiro, o secretário-geral Sílvio Pereira e o secretário das Finanças Delúbio Soares pediram afastamento dos cargos para se defender das acusações de fazerem parte do esquema do "mensalão".
A revelação de que o empresário Marcos Valério foi o avalista do PT em duas operações que somaram mais de R$ 5 milhões somente precipitou a renúncia de ambos, que foi seguida quase imediatamente pela saída do presidente José Genoino e do secretário de Comunicação, Marcelo Sereno.
A cúpula foi reconstituída na noite deste sábado, quando os petistas elegeram Tarso Genro, José Pimentel, Humberto Costa e Ricardo Berzoini para ocuparem, respectivamente, a presidência, a pasta de finanças, de comunicação e a secretaria-geral.
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