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12/07/2005
-
19h50
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Fracassou a negociação para tentar unificar as CPIs dos Correios e do "mensalão" proposta pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) por falta de acordo entre as lideranças partidárias.
Segundo o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), o objeto de investigação da CPI dos Correios já é bastante amplo. "Transformar o tema do mensalão em uma subcomissão é para quem não quer verdadeiramente investigar."
O líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP), lamentou a falta de acordo sobre a unificação dos trabalhos. Segundo Goldman, as investigações representam "os dois lados da mesma moeda. Todas têm como matriz o pagamento de mesadas."
Goldman voltou a criticar o governo, que fez questão de impedir que a CPI dos Correios fosse mais ampla e afirmou que o objetivo de se ter tantas CPIs em funcionamento no Congresso, ao mesmo tempo, investigando assuntos correlatos, "é estabelecer uma confusão na apuração dos fatos."
"Mensalão"
Sem acordo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu prazo para até as 16h da próxima segunda-feira para que as lideranças partidárias da Câmara e do Senado, indiquem os integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista do "mensalão".
Segundo Calheiros, caso as indicações não sejam feitas a tempo, ele mesmo vai designar os integrantes. A previsão é de que já na próxima terça-feira aconteça a primeira reunião de trabalho da CPI e sejam eleitos seu presidente e os três vice-presidentes, bem como seja indicado o seu relator.
A CPI do "mensalão" vai investigar as denúncias feitas pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), sobre a existência de um suposto esquema de pagamento de mesada a deputados da base aliada em troca de apoio político ao governo federal.
A CPI investigará ainda o suposto esquema de compra de votos ocorrido na gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) para a aprovação da emenda constitucional que permitiu a reeleição dos ocupantes de cargos no Executivo.
A CPI será composta por 34 congressistas, sendo 17 senadores e 17 deputados, com o mesmo número de suplentes. Mais uma vez, o Congresso vai ver a disputa entre governo e oposição para o controle da CPI, como aconteceu na CPI dos Correios e na CPI dos Bingos, criada no Senado.
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Fracassa negociação de unificar CPIs do "mensalão" e dos Correios
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da Folha Online, em Brasília
Fracassou a negociação para tentar unificar as CPIs dos Correios e do "mensalão" proposta pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) por falta de acordo entre as lideranças partidárias.
Segundo o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), o objeto de investigação da CPI dos Correios já é bastante amplo. "Transformar o tema do mensalão em uma subcomissão é para quem não quer verdadeiramente investigar."
O líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP), lamentou a falta de acordo sobre a unificação dos trabalhos. Segundo Goldman, as investigações representam "os dois lados da mesma moeda. Todas têm como matriz o pagamento de mesadas."
Goldman voltou a criticar o governo, que fez questão de impedir que a CPI dos Correios fosse mais ampla e afirmou que o objetivo de se ter tantas CPIs em funcionamento no Congresso, ao mesmo tempo, investigando assuntos correlatos, "é estabelecer uma confusão na apuração dos fatos."
"Mensalão"
Sem acordo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu prazo para até as 16h da próxima segunda-feira para que as lideranças partidárias da Câmara e do Senado, indiquem os integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista do "mensalão".
Segundo Calheiros, caso as indicações não sejam feitas a tempo, ele mesmo vai designar os integrantes. A previsão é de que já na próxima terça-feira aconteça a primeira reunião de trabalho da CPI e sejam eleitos seu presidente e os três vice-presidentes, bem como seja indicado o seu relator.
A CPI do "mensalão" vai investigar as denúncias feitas pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), sobre a existência de um suposto esquema de pagamento de mesada a deputados da base aliada em troca de apoio político ao governo federal.
A CPI investigará ainda o suposto esquema de compra de votos ocorrido na gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) para a aprovação da emenda constitucional que permitiu a reeleição dos ocupantes de cargos no Executivo.
A CPI será composta por 34 congressistas, sendo 17 senadores e 17 deputados, com o mesmo número de suplentes. Mais uma vez, o Congresso vai ver a disputa entre governo e oposição para o controle da CPI, como aconteceu na CPI dos Correios e na CPI dos Bingos, criada no Senado.
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