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12/07/2005
-
20h14
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A crise política que trouxe à tona as relações suspeitas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, um dos sócios das agências SMPB Comunicação e DNA Propaganda, afeta não apenas a relação das empresas com os órgãos públicos, mas também os clientes do setor privado.
Na decisão que proferiu na semana passada, quando determinou o bloqueio das contas da DNA e de Valério, por causa de um débito de R$ 9,608 milhões com o INSS, o juiz da 23ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, Luís Cláudio de Souza Fontes, notificou quatro clientes da agência, para que eles depositem em juízo eventuais créditos que teriam como destino as contas da empresa de publicidade mineira.
Foram notificados dois órgãos públicos: Banco do Brasil e Eletronorte, cujas publicidades são feita pela DNA. Além dessas empresas, a Justiça Federal determinou também que fosse notificado a Telemig Celular e a Amazônia Celular, clientes privados.
Essa decisão ocorreu porque existem suspeitas sobre a veracidade dos documentos de seis das oito fazendas que a DNA diz possuir no interior da Bahia. Os seis imóveis rurais foram dados como "dação em pagamento" à dívida que a agência tem com o INSS, mas o órgão federal pediu à Justiça a substituição dos bens dados em garantia.
O juiz, então, determinou o bloqueio das contas da DNA e de Valério e ainda decidiu pela notificação às empresas-clientes. Todo eventual pagamento que fizerem à agência, deve ser via Justiça. Essa decisão foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal, em Brasília.
A direção da DNA, em nota à Folha, disse que já recorreu da decisão, demonstrando que "cerca de 90% dos valores depositados pelos clientes são para pagar fornecedores e veículos de comunicação, ficando o restante para pagamento dos honorários e serviços prestados pela agência".
Informou ainda que a decisão "prejudica, e muito", a relação com os clientes e que ela está "conversando com os clientes, fornecedores, veículos [de comunicação] e funcionários, mantendo-os informados sobre o andamento do processo". "Ao mesmo tempo, estamos estudando outras possibilidades de manter a agência funcionando normalmente", acrescentou.
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Justiça notifica clientes da DNA sobre futuros créditos à agência
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
A crise política que trouxe à tona as relações suspeitas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, um dos sócios das agências SMPB Comunicação e DNA Propaganda, afeta não apenas a relação das empresas com os órgãos públicos, mas também os clientes do setor privado.
Na decisão que proferiu na semana passada, quando determinou o bloqueio das contas da DNA e de Valério, por causa de um débito de R$ 9,608 milhões com o INSS, o juiz da 23ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, Luís Cláudio de Souza Fontes, notificou quatro clientes da agência, para que eles depositem em juízo eventuais créditos que teriam como destino as contas da empresa de publicidade mineira.
Foram notificados dois órgãos públicos: Banco do Brasil e Eletronorte, cujas publicidades são feita pela DNA. Além dessas empresas, a Justiça Federal determinou também que fosse notificado a Telemig Celular e a Amazônia Celular, clientes privados.
Essa decisão ocorreu porque existem suspeitas sobre a veracidade dos documentos de seis das oito fazendas que a DNA diz possuir no interior da Bahia. Os seis imóveis rurais foram dados como "dação em pagamento" à dívida que a agência tem com o INSS, mas o órgão federal pediu à Justiça a substituição dos bens dados em garantia.
O juiz, então, determinou o bloqueio das contas da DNA e de Valério e ainda decidiu pela notificação às empresas-clientes. Todo eventual pagamento que fizerem à agência, deve ser via Justiça. Essa decisão foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal, em Brasília.
A direção da DNA, em nota à Folha, disse que já recorreu da decisão, demonstrando que "cerca de 90% dos valores depositados pelos clientes são para pagar fornecedores e veículos de comunicação, ficando o restante para pagamento dos honorários e serviços prestados pela agência".
Informou ainda que a decisão "prejudica, e muito", a relação com os clientes e que ela está "conversando com os clientes, fornecedores, veículos [de comunicação] e funcionários, mantendo-os informados sobre o andamento do processo". "Ao mesmo tempo, estamos estudando outras possibilidades de manter a agência funcionando normalmente", acrescentou.
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