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15/07/2005
-
15h41
da Folha Online
O Banco do Brasil rescindiu os contratos para prestação de serviços de publicidade com a agência DNA Propaganda, na qual o empresário Marcos Valério detém participação. A agência trabalhou na publicidade do Banco Popular do Brasil, uma subsidiária do BB focada na concessão de microcrédito e abertura de conta corrente para a população de baixa renda.
O contrato da DNA tinha validade até setembro deste ano, mas foi rescindida pelo conselho diretor do banco, que comunicou a empresa nesta sexta-feira. Em nota divulgada à imprensa, a instituição financeira informa que desde o último dia 5 foram suspensas novas ações de publicidade mas não esclarece as razões da rescisão. Ainda segundo o banco, já foi dado início aos procedimentos administrativos indispensáveis à rescisão.
Em 2004, o BB teve gastos de R$ 262,8 milhões com publicidade, sendo que a DNA Propaganda administrou um terço do valor (cerca de R$ 86 milhões só em 2004). Dos R$ 262,8 milhões, R$ 25 milhões referem-se aos gastos com publicidade do Banco Popular. Outros R$ 500 mil são da Fundação Banco do Brasil.
Manchetes
A DNA, junto com a também agência de publicidade SMPB, passou a frequentar as páginas de jornais e revistas após a divulgação de relatórios da Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que mostraram movimentações financeiras de vulto, justamente quando o "dono" dessas empresas está no foco das investigações sob um suposto esquema do "mensalão", o pagamento de um prêmio mensal a parlamentares da base aliada pelo governo.
O Coaf registrou saques em dinheiro vivo de R$ 20,9 milhões entre junho de 2003 e maio de 2005, resgatados das contas das agências DNA e SMPB. Valério justificou esses saques como forma de pagar fornecedores.
Nesta semana, a DNA voltou às manchetes quando a Corregedoria mineira flagrou na manhã de ontem um policial civil aposentado com documentos contábeis parcialmente queimados da DNA, em Contagem (região Metropolitana de Belo Horizonte). O policial é irmão do contador de Valério e de suas empresas.
A Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu 12 caixas com mais de 2.000 notas fiscais da DNA. As notas de prestação de serviços foram emitidas em nomes de bancos no período de 1998 a 2004. O Ministério Público Estadual suspeitou que os documentos das empresas de Marcos Valério estivessem sendo destruídos e obteve uma decisão judicial para a instalação de uma escuta telefônica na casa do ex-policial.
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Banco do Brasil rescinde contrato com agência DNA, de Marcos Valério
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O Banco do Brasil rescindiu os contratos para prestação de serviços de publicidade com a agência DNA Propaganda, na qual o empresário Marcos Valério detém participação. A agência trabalhou na publicidade do Banco Popular do Brasil, uma subsidiária do BB focada na concessão de microcrédito e abertura de conta corrente para a população de baixa renda.
O contrato da DNA tinha validade até setembro deste ano, mas foi rescindida pelo conselho diretor do banco, que comunicou a empresa nesta sexta-feira. Em nota divulgada à imprensa, a instituição financeira informa que desde o último dia 5 foram suspensas novas ações de publicidade mas não esclarece as razões da rescisão. Ainda segundo o banco, já foi dado início aos procedimentos administrativos indispensáveis à rescisão.
Lula Marques/FI |
O publicitário Marcos Valério |
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A DNA, junto com a também agência de publicidade SMPB, passou a frequentar as páginas de jornais e revistas após a divulgação de relatórios da Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que mostraram movimentações financeiras de vulto, justamente quando o "dono" dessas empresas está no foco das investigações sob um suposto esquema do "mensalão", o pagamento de um prêmio mensal a parlamentares da base aliada pelo governo.
O Coaf registrou saques em dinheiro vivo de R$ 20,9 milhões entre junho de 2003 e maio de 2005, resgatados das contas das agências DNA e SMPB. Valério justificou esses saques como forma de pagar fornecedores.
Nesta semana, a DNA voltou às manchetes quando a Corregedoria mineira flagrou na manhã de ontem um policial civil aposentado com documentos contábeis parcialmente queimados da DNA, em Contagem (região Metropolitana de Belo Horizonte). O policial é irmão do contador de Valério e de suas empresas.
A Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu 12 caixas com mais de 2.000 notas fiscais da DNA. As notas de prestação de serviços foram emitidas em nomes de bancos no período de 1998 a 2004. O Ministério Público Estadual suspeitou que os documentos das empresas de Marcos Valério estivessem sendo destruídos e obteve uma decisão judicial para a instalação de uma escuta telefônica na casa do ex-policial.
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