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19/07/2005
-
12h56
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O Ministério Público Estadual de Minas Gerais apreendeu nesta terça-feira 10 computadores da empresa contábil de Marco Aurélio Prata, contador das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado pelo deputado Roberto Jefferson como um dos operadores do "mensalão". As informações sobre a movimentação financeira das empresas serão repassadas à CPI dos Correios, que investigam denúncias de corrupção na estatal.
Os promotores também levaram até Brasília os documentos encontrados na semana passada, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), na casa do policial aposentado Marco Túlio Prata, irmão do contador e acusado de homicídio. Alguns documentos estavam queimados e eram da DNA, empresa de propriedade de Valério.
Com isso, os integrantes da comissão poderão ter informações sobre a movimentação financeira das empresas de Valério, sobretudo em relação ao pagamento de fornecedores. Em seu depoimento à CPI, o publicitário disse que parte dos saques feitos no Banco Rural eram para pagar fornecedores. Valério também deixou de responder a algumas perguntas alegando que precisava consultar sua contabilidade.
Operação
Na semana passada, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) trouxe parte dos documentos. As notas trazidas pela senadora referiam-se à prestação de serviços da DNA Propaganda ao Banco do Brasil, Telemig Celular, Brasil Telecom e Ministério do Trabalho. Todas com valores altos e que seriam queimadas nos mesmos tonéis onde foram destruídos outros documentos da empresa. Hoje, o BB rescindiu os contratos para prestação de serviços de publicidade com a DNA.
Na ocasião, a senadora disse estranhar que notas fiscais com valores altos e recentes --a mais antiga dessas data de 2002-- fossem queimadas.
A nota com valor mais elevado refere-se à prestação de serviços à Telemig Celular: R$ 1,37 milhão com data de 19 de dezembro de 2002. Portanto, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A nota do Banco do Brasil, onde Valério tinha contrato, era de R$ 540 mil e datava de 19 de agosto de 2003.
O Ministério Público e a Polícia Civil chegaram à casa do policial aposentado depois de ouvirem um diálogo telefônico em que Marco Túlio, investigado por homicídio, fala que "quebraria a cara" quem procurasse "os documentos". A polícia agiu rápido para achar esses papéis. A CPI, por sua vez, temia a contestação da operação pelos advogados de Marco Valério.
Pouco tempo depois da operação, Marcos Valério foi ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, passar informações para colaborar com as investigações. Em compensação, o publicitário pediu benefícios em uma eventual ação penal. O procurador, no entanto, recusou a proposta.
Fernanda Karina
Os membros da CPI já entraram em contato com Fernanda Karina Somaggio, a ex-secretária de Valério, que, em depoimento à comissão parlamentar, revelou que um policial prestava serviços de grampo para o empresário.
Deputados e senadores querem saber se Marco Túlio é o policial a que Fernanda Karina se referia em seu depoimento.
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Entenda o "mensalão"
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Especial
Leia o que já foi publicado sobre Marcos Valério
Leia a cobertura completa sobre o "mensalão"
Ministério Público apreende computadores de contabilidade de Valério
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da Folha Online, em Brasília
O Ministério Público Estadual de Minas Gerais apreendeu nesta terça-feira 10 computadores da empresa contábil de Marco Aurélio Prata, contador das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado pelo deputado Roberto Jefferson como um dos operadores do "mensalão". As informações sobre a movimentação financeira das empresas serão repassadas à CPI dos Correios, que investigam denúncias de corrupção na estatal.
Os promotores também levaram até Brasília os documentos encontrados na semana passada, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), na casa do policial aposentado Marco Túlio Prata, irmão do contador e acusado de homicídio. Alguns documentos estavam queimados e eram da DNA, empresa de propriedade de Valério.
Com isso, os integrantes da comissão poderão ter informações sobre a movimentação financeira das empresas de Valério, sobretudo em relação ao pagamento de fornecedores. Em seu depoimento à CPI, o publicitário disse que parte dos saques feitos no Banco Rural eram para pagar fornecedores. Valério também deixou de responder a algumas perguntas alegando que precisava consultar sua contabilidade.
Operação
Na semana passada, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) trouxe parte dos documentos. As notas trazidas pela senadora referiam-se à prestação de serviços da DNA Propaganda ao Banco do Brasil, Telemig Celular, Brasil Telecom e Ministério do Trabalho. Todas com valores altos e que seriam queimadas nos mesmos tonéis onde foram destruídos outros documentos da empresa. Hoje, o BB rescindiu os contratos para prestação de serviços de publicidade com a DNA.
Na ocasião, a senadora disse estranhar que notas fiscais com valores altos e recentes --a mais antiga dessas data de 2002-- fossem queimadas.
A nota com valor mais elevado refere-se à prestação de serviços à Telemig Celular: R$ 1,37 milhão com data de 19 de dezembro de 2002. Portanto, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A nota do Banco do Brasil, onde Valério tinha contrato, era de R$ 540 mil e datava de 19 de agosto de 2003.
O Ministério Público e a Polícia Civil chegaram à casa do policial aposentado depois de ouvirem um diálogo telefônico em que Marco Túlio, investigado por homicídio, fala que "quebraria a cara" quem procurasse "os documentos". A polícia agiu rápido para achar esses papéis. A CPI, por sua vez, temia a contestação da operação pelos advogados de Marco Valério.
Pouco tempo depois da operação, Marcos Valério foi ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, passar informações para colaborar com as investigações. Em compensação, o publicitário pediu benefícios em uma eventual ação penal. O procurador, no entanto, recusou a proposta.
Fernanda Karina
Os membros da CPI já entraram em contato com Fernanda Karina Somaggio, a ex-secretária de Valério, que, em depoimento à comissão parlamentar, revelou que um policial prestava serviços de grampo para o empresário.
Deputados e senadores querem saber se Marco Túlio é o policial a que Fernanda Karina se referia em seu depoimento.
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