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20/07/2005
-
10h22
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou para hoje a primeira sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista do "Mensalão". Ontem, Calheiros instalou e lamentou a falta de acordo para que todas as denúncias de corrupção fossem investigadas por uma única CPI e afirmou ter certeza de que "quem tiver culpa, se houver culpa, pagará por ela".
A CPI do "Mensalão", formada por 34 congressistas, investigará as denúncias de pagamento de mesada por parte do governo a deputados da base aliada para que estes votassem de acordo com as orientações governistas. A CPI vai investigar ainda o suposto esquema montado em 1997, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, para a compra de votos para garantir a aprovação da emenda constitucional da reeleição.
Sobre a necessidade de instalação de tantas CPIs no Congresso, Calheiros afirmou que "a história não perdoa omissões e nem a sociedade absolve tentativas de acobertamento". "Aqui não se farão blindagens. As denúncias e a multiplicidade delas são de extrema gravidade e a sociedade exige esclarecimentos", afirmou.
Ao voltar a defender sua posição a favor da unificação das investigações, Calheiros afirmou que os trabalhos das CPIs poderão convergir em determinado momento, dadas as coincidências dos personagens citados.
"Por isso, faço um apelo aos integrantes das duas comissões [Correios e 'Mensalão'], a seus presidentes e relatores, no objetivo da racionalidade, eficiência e agilidade das investigações, vamos promover um permanente intercâmbio de informações, de depoimentos e até, se oportuno for, vamos inovar e fazer, respeitando o objeto de cada uma das comissões, sessões conjuntas para agilizar a investigação e evitar sobreposições e redundâncias", afirmou.
Segundo o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), a oposição no Congresso continua apoiando o nome do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) para presidir a CPI do "Mensalão". Já os partidos da base aliada não aceitam dividir o comando da CPI e querem ficar com a presidência e a relatoria.
"Eles indicaram o nome do senador Maguito Vilela [PMDB-GO]. Nós apoiamos o Jungmann. Se o nosso candidato for eleito, vamos deixar que o governo indique o relator. Eles não aceitam dividir o comando, querem fazer barba, cabelo e bigode."
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Primeira sessão da CPI do "Mensalão" é adiada para hoje
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou para hoje a primeira sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista do "Mensalão". Ontem, Calheiros instalou e lamentou a falta de acordo para que todas as denúncias de corrupção fossem investigadas por uma única CPI e afirmou ter certeza de que "quem tiver culpa, se houver culpa, pagará por ela".
A CPI do "Mensalão", formada por 34 congressistas, investigará as denúncias de pagamento de mesada por parte do governo a deputados da base aliada para que estes votassem de acordo com as orientações governistas. A CPI vai investigar ainda o suposto esquema montado em 1997, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, para a compra de votos para garantir a aprovação da emenda constitucional da reeleição.
Sobre a necessidade de instalação de tantas CPIs no Congresso, Calheiros afirmou que "a história não perdoa omissões e nem a sociedade absolve tentativas de acobertamento". "Aqui não se farão blindagens. As denúncias e a multiplicidade delas são de extrema gravidade e a sociedade exige esclarecimentos", afirmou.
Ao voltar a defender sua posição a favor da unificação das investigações, Calheiros afirmou que os trabalhos das CPIs poderão convergir em determinado momento, dadas as coincidências dos personagens citados.
"Por isso, faço um apelo aos integrantes das duas comissões [Correios e 'Mensalão'], a seus presidentes e relatores, no objetivo da racionalidade, eficiência e agilidade das investigações, vamos promover um permanente intercâmbio de informações, de depoimentos e até, se oportuno for, vamos inovar e fazer, respeitando o objeto de cada uma das comissões, sessões conjuntas para agilizar a investigação e evitar sobreposições e redundâncias", afirmou.
Segundo o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), a oposição no Congresso continua apoiando o nome do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) para presidir a CPI do "Mensalão". Já os partidos da base aliada não aceitam dividir o comando da CPI e querem ficar com a presidência e a relatoria.
"Eles indicaram o nome do senador Maguito Vilela [PMDB-GO]. Nós apoiamos o Jungmann. Se o nosso candidato for eleito, vamos deixar que o governo indique o relator. Eles não aceitam dividir o comando, querem fazer barba, cabelo e bigode."
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