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20/07/2005
-
19h01
da Folha Online
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Nelson Jobim, concedeu o pedido da procuradoria-geral para o bloqueio da conta bancária de Renilda Fernandes de Souza, mulher do empresário Marcos Valério de Souza, apontado como um dos operadores do esquema do "mensalão", suposta mesada paga a parlamentares da base aliada.
O procurador-geral da República Antonio Fernando Barros e Silva entrou com um pedido para o bloqueio de R$ 1,89 milhão na conta de Renilda, que estavam aplicados na agência do banco BankBoston, em Belo Horizonte.
Segundo o procurador-geral, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) encaminhou um relatório com a informação de que houve uma tentativa de resgate na conta do Bankboston.
Em seu pedido, o procurador solicitou o bloqueio até o esclarecimento definitivo dos fatos, já que "há suspeita sobre a origem dos recursos movimentados pelo referido sr. Marcos Valério e pela empresa de que é um dos sócios, o mesmo ocorrendo com a sra. Renilda Maria".
Depoimento
O deputado Ônyx Lorenzoni (PFL-RS) relatou à CPI que Renilda teria tentado sacar cerca de R$ 2 milhões de uma de suas contas e o posterior bloqueio determinado pelo STF.
Diante da decisão do Supremo, a tese apresentada pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ganhou força. Ele quer que ela seja ouvida logo, antes do segundo depoimento de Valério.
Renilda é oficialmente a proprietária das agências de publicidade SMPB e DNA, das quais foram feitos saques de R$ 20,9 milhões em dinheiro vivo nos últimos dois anos e o Coaf constatou movimentações financeiras milionárias.
Em seu depoimento, Valério afirmou que as empresas foram colocadas em nome de sua mulher porque, supostamente, ela desconfiava que ele pediria a separação. A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios já quebrou os sigilos fiscal, bancário e telefônico de Renilda e das empresas DNA e SMPB. O depoimento de Renilda, no entanto, ainda não foi marcado.
Marcos Valério já tentou obter um acordo com o presidente da CPI Mista dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS) para impedir o depoimento de sua mulher bem como de sua funcionária Simone Vasconcelos. Em troca, Valério afirmou que se comprometeria a ajudar nas investigações. O acordo, no entanto, não foi fechado.
Um acordo semelhante foi proposto na quinta-feira passada ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. O acerto, no entanto, não foi bem sucedido.
Colaborou FELIPE RECONDO, em Brasília
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O procurador-geral da República Antonio Fernando Barros e Silva entrou com um pedido para o bloqueio de R$ 1,89 milhão na conta de Renilda, que estavam aplicados na agência do banco BankBoston, em Belo Horizonte.
Segundo o procurador-geral, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) encaminhou um relatório com a informação de que houve uma tentativa de resgate na conta do Bankboston.
Em seu pedido, o procurador solicitou o bloqueio até o esclarecimento definitivo dos fatos, já que "há suspeita sobre a origem dos recursos movimentados pelo referido sr. Marcos Valério e pela empresa de que é um dos sócios, o mesmo ocorrendo com a sra. Renilda Maria".
Depoimento
O deputado Ônyx Lorenzoni (PFL-RS) relatou à CPI que Renilda teria tentado sacar cerca de R$ 2 milhões de uma de suas contas e o posterior bloqueio determinado pelo STF.
Diante da decisão do Supremo, a tese apresentada pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ganhou força. Ele quer que ela seja ouvida logo, antes do segundo depoimento de Valério.
Renilda é oficialmente a proprietária das agências de publicidade SMPB e DNA, das quais foram feitos saques de R$ 20,9 milhões em dinheiro vivo nos últimos dois anos e o Coaf constatou movimentações financeiras milionárias.
Em seu depoimento, Valério afirmou que as empresas foram colocadas em nome de sua mulher porque, supostamente, ela desconfiava que ele pediria a separação. A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios já quebrou os sigilos fiscal, bancário e telefônico de Renilda e das empresas DNA e SMPB. O depoimento de Renilda, no entanto, ainda não foi marcado.
Marcos Valério já tentou obter um acordo com o presidente da CPI Mista dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS) para impedir o depoimento de sua mulher bem como de sua funcionária Simone Vasconcelos. Em troca, Valério afirmou que se comprometeria a ajudar nas investigações. O acordo, no entanto, não foi fechado.
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