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21/07/2005 - 06h50

CPI busca alternativas depois de depoimentos de petistas

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

Os depoimentos do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do ex-secretário-geral da legenda Silvio Pereira à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios pouco acrescentaram às investigações sobre o caso de corrupção.

De posse de habeas corpus, ambos se recusaram a sanar as dúvidas mais importantes dos integrantes da CPI, respostas que colaborariam para o rumo das investigações. Nesta quarta-feira, Delúbio usou diversas vezes, durante as mais de 11 horas em que depôs, o direito de se calar diante de perguntas que considerasse comprometedoras.

O ex-tesoureiro recusou-se, por exemplo, a indicar para quais partidos, para quem e para quais campanhas eleitorais foram destinados os recursos supostamente originados de empréstimos feitos em nome do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

Delúbio confirmou apenas que era responsável por indicar os nomes de quem sacaria os recursos das contas de Valério. O empresário listou, em depoimento à Procuradoria-Geral da União, 11 nomes de pessoas autorizadas para sacar o dinheiro. Na terça-feira, Silvio Pereira usou do habeas corpus para calar-se diante das perguntas sobre seu patrimônio pessoal.

O presidente da CPI, Delcidio Amaral (MS), disse que a relutância dos depoentes era prevista diante da liminar concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal). "Os depoimentos estavam dentro do que se esperava", afirmou.

Diante das estratégias, integrantes da comissão cogitam, inclusive, a possibilidade de que a CPI feche um acordo com Marcos Valério como alternativa para as investigações. O empresário se comprometeria a ajudar a comissão parlamentar para preservar sua mulher, Renilda Fernandes de Souza, e sua funcionária Simone Vasconcelos, que seria responsável por receber e separar o dinheiro sacado das contas do empresário.

De outro lado, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e o deputado Ônyx Lorenzoni (PFL-RS) encampam a tese de que Renilda e Simone devem ser ouvidas o mais rápido possível. Até o momento, no entanto, prevalece a tendência de um novo depoimento de Valério à CPI na primeira semana de agosto.

Nesta quinta-feira, os integrantes se reúnem para debater a votação de requerimentos de convocação e a agenda de depoimentos das próximas duas semanas.

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