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21/07/2005 - 13h39

Integrantes da CPI recusam proposta de acordo com Marcos Valério

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

Os integrantes da CPI dos Correios recusaram, quase unanimemente, a proposta feita pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, que ofereceu ao presidente da comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MS), passar informações novas e relevantes. Em troca, sua mulher, Renilda Fernandes de Souza, e sua funcionária Simone Vasconcelos seriam preservadas e não precisaria depor na comissão.

Proposta semelhante foi feita pelo empresário à Procuradoria-Geral da República.

Lula Marques/FI
Marcos Valério, que propôs à CPI mais colaboração
Marcos Valério, que propôs à CPI mais colaboração
Os deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) chegaram a defender o pacto, juridicamente chamado de delação premiada. Seria uma alternativa aos depoimentos considerados improdutivos do ex-secretario-geral do PT Silvio Pereira e do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.

Hoje, na sessão secreta, a proposta foi rechaçada. O senador Jefferson Péres (PDT-AM) argumentou que um acordo do gênero poderia passar uma imagem negativa da comissão. "Entendemos, quase por unanimidade, que qualquer acordo seria entendido por muitos como escuso", argumentou. "Ele viria aqui dizer 10% do que teria para dizer e o acordo estaria fechado", acrescentou.

O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), no mesmo sentido, afirmou que o Congresso Nacional, por ser uma casa política, não deveria fechar acordo com Valério. "Isso caberia ao Ministério Público", afirmou.

Com a decisão, Renilda e Simone serão convocados a depor. A mulher de Valério teria, ontem, tentado sacar R$ 2 milhões das contas da empresa, que está no seu nome. Simone Vasconcelos já confirmou à Polícia Federal que entregava pacotes de dinheiro a estranhos.

Habeas corpus

Delcidio disse, antes de iniciada a reunião da CPI, que buscaria uma alternativa para os habeas corpus apresentados pelos depoentes à comissão. Delúbio, Valério e Silvio Pereira foram à comissão de posse do documento que os permitia omitir informações importantes para as investigações.

A deputada Denise Frossard (PPS-RJ) explicou, conforme relato de integrantes da CPI, que nada poderia ser feito. "Não há nada a fazer. Decisão judicial não pode ser contestada", afirmou Jefferson Peres.

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