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21/07/2005
-
14h50
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A mulher de Marcos Valério, Renilda Fernandes de Souza, oficialmente dona das empresas de publicidade SMPB e DNA, está convocada para depor na próxima terça-feira à CPI Mista dos Correios.
Os integrantes da CPI dizem esperar Renilda seja mais sincera do que Valério que, em seu depoimento, contradisse os fatos em várias ocasiões. O empresário afirmou, por exemplo, que os saques em dinheiro de suas contas tinham como destino o pagamento de fornecedores, tese negada posteriormente por ele em depoimento à Procuradoria-Geral da República.
Na primeira semana de agosto, devem depor a funcionária da SMPB Simone Vasconcelos, responsável pelo saque de R$ 6,14 milhões da conta de Valério, e o policial civil David Rodrigues Alves, que tirou R$ 4,9 milhões da conta da empresa de Valério.
O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse esperar que esses depoimentos sejam produtivos, já que os integrantes da CPI se disseram decepcionados com as oitivas do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do ex-secretario-geral da legenda Sílvio Pereira.
"Teremos a partir de agora depoimentos mais amplos, mais abrangentes, mais sinceros. O depoimento pode ser defensivo, mas é diferente dos demais", afirmou. As três pessoas convocadas deverão assumir compromisso de falar a verdade, já que não serão ouvidas como indiciadas.
STF
O presidente da CPI vai ao STF (Supremo Tribunal Federal) hoje ou nos próximos dias, dependendo da agenda do presidente do tribunal, Nelson Jobim, solicitar o repasse de documentos apreendidos pela Polícia Federal de Belo Horizonte no Banco Rural.
O material apreendido foi entregue ontem pelo juiz Jorge Macedo, da 4ª Vara Federal em Minas Gerais, e contém uma lista de parlamentares que teriam sacado dinheiro na agência do Banco Rural em Brasília.
A transferência dos documentos para o STF é vista como uma estratégia bem sucedida dos advogados de Marcos Valério. Depois de apreendidos documentos, principalmente notas fiscais das empresas de publicidade, Valério foi à Procuradoria-Geral da República e revelou que a investigação passaria pelo nome de parlamentares.
Como deputados e senadores têm foro privilegiado, a análise dos documentos caberia ao STF. A Polícia Federal, portanto, deveria deixar o caso.
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CPI chama mulher de Valério para depor na próxima terça
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da Folha Online, em Brasília
A mulher de Marcos Valério, Renilda Fernandes de Souza, oficialmente dona das empresas de publicidade SMPB e DNA, está convocada para depor na próxima terça-feira à CPI Mista dos Correios.
Os integrantes da CPI dizem esperar Renilda seja mais sincera do que Valério que, em seu depoimento, contradisse os fatos em várias ocasiões. O empresário afirmou, por exemplo, que os saques em dinheiro de suas contas tinham como destino o pagamento de fornecedores, tese negada posteriormente por ele em depoimento à Procuradoria-Geral da República.
Na primeira semana de agosto, devem depor a funcionária da SMPB Simone Vasconcelos, responsável pelo saque de R$ 6,14 milhões da conta de Valério, e o policial civil David Rodrigues Alves, que tirou R$ 4,9 milhões da conta da empresa de Valério.
O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse esperar que esses depoimentos sejam produtivos, já que os integrantes da CPI se disseram decepcionados com as oitivas do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do ex-secretario-geral da legenda Sílvio Pereira.
"Teremos a partir de agora depoimentos mais amplos, mais abrangentes, mais sinceros. O depoimento pode ser defensivo, mas é diferente dos demais", afirmou. As três pessoas convocadas deverão assumir compromisso de falar a verdade, já que não serão ouvidas como indiciadas.
STF
O presidente da CPI vai ao STF (Supremo Tribunal Federal) hoje ou nos próximos dias, dependendo da agenda do presidente do tribunal, Nelson Jobim, solicitar o repasse de documentos apreendidos pela Polícia Federal de Belo Horizonte no Banco Rural.
O material apreendido foi entregue ontem pelo juiz Jorge Macedo, da 4ª Vara Federal em Minas Gerais, e contém uma lista de parlamentares que teriam sacado dinheiro na agência do Banco Rural em Brasília.
A transferência dos documentos para o STF é vista como uma estratégia bem sucedida dos advogados de Marcos Valério. Depois de apreendidos documentos, principalmente notas fiscais das empresas de publicidade, Valério foi à Procuradoria-Geral da República e revelou que a investigação passaria pelo nome de parlamentares.
Como deputados e senadores têm foro privilegiado, a análise dos documentos caberia ao STF. A Polícia Federal, portanto, deveria deixar o caso.
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