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21/07/2005
-
19h25
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Uma informação que chegou nas nove caixas de documentos referentes à conta da DNA, empresa de Marcos Valério, no Banco do Brasil obrigou os integrantes da CPI Mista dos Correios a convocarem técnicos da instituição financeira para desfazer o que pode ser um mal-entendido milionário. Uma estimativa inicial dos documentos aponta para uma movimentação superior a R$ 50 milhões.
Os deputados Ônyx Lorenzoni (PFL-RS) e Pompeo de Mattos (PDT-RS) tiveram acesso à documentação e divulgaram a existência de um cheque, que teria sido sacado na boca do caixa, no valor de R$ 9,7 milhões.
Para efeito de comparação, os R$ 10,2 milhões com que o presidente da Igreja Universal, deputado João Batista Ramos (SP), tentava embarcar para São Paulo ocuparam sete malas de viagens e o porta-malas de uma caminhonete. Sair com R$ 9,7 milhões do banco, portanto, exigiria uma operação envolvendo mais de uma pessoa.
Diante dos dados vultosos, o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), desconfiou dos documentos e solicitou a presença de um funcionário do BB. Havia dúvidas se os R$ 9,7 milhões referiam-se a saques ou a movimentações, como transferências ou pagamentos de fornecedores.
Desconhecimento
Depois da análise, nem mesmo o técnico soube precisar o destino dos recursos. Se realmente se configurasse uma retirada em espécie, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) deveria saber da operação, já que todos os saques em espécie acima de R$ 100 mil são comunicados ao órgão. No entanto, a papelada enviada pelo BB mostra desconhecimento da instituição.
"Quando chegamos a este valor, vimos que poderia ser uma interpretação equivocada. A última coisa que queremos é dar uma notícia incorreta", afirmou Serraglio. Diante da confusão, os técnicos do Banco do Brasil terão os próximos dias para apurar os dados repassados à CPI.
Os integrantes da comissão querem saber o destino dos recursos, para que contas o dinheiro foi repassado e por quem foi sacado no caixa, caso se confirme a retirada em espécie.
Os técnicos da instituição se comprometeram a repassar nos próximos dias o histórico das movimentações em detalhe. Mas para evitar que haja excesso de informações e um atraso no repasse da documentação, os integrantes da CPI pediram que sejam pesquisadas operações acima de R$ 30 mil.
Os dados em posse da CPI mostram apenas que as movimentações da conta superam R$ 50 milhões. Desse total, os integrantes da CPI não podem identificar quanto corresponde a saques em recursos --principal alvo da comissão--, quanto representa transferência entre contas e qual é o valor dos pagamentos a fornecedores.
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Informação de saque milionário movimenta CPI, mas dado pode estar errado
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Uma informação que chegou nas nove caixas de documentos referentes à conta da DNA, empresa de Marcos Valério, no Banco do Brasil obrigou os integrantes da CPI Mista dos Correios a convocarem técnicos da instituição financeira para desfazer o que pode ser um mal-entendido milionário. Uma estimativa inicial dos documentos aponta para uma movimentação superior a R$ 50 milhões.
Os deputados Ônyx Lorenzoni (PFL-RS) e Pompeo de Mattos (PDT-RS) tiveram acesso à documentação e divulgaram a existência de um cheque, que teria sido sacado na boca do caixa, no valor de R$ 9,7 milhões.
Para efeito de comparação, os R$ 10,2 milhões com que o presidente da Igreja Universal, deputado João Batista Ramos (SP), tentava embarcar para São Paulo ocuparam sete malas de viagens e o porta-malas de uma caminhonete. Sair com R$ 9,7 milhões do banco, portanto, exigiria uma operação envolvendo mais de uma pessoa.
Diante dos dados vultosos, o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), desconfiou dos documentos e solicitou a presença de um funcionário do BB. Havia dúvidas se os R$ 9,7 milhões referiam-se a saques ou a movimentações, como transferências ou pagamentos de fornecedores.
Desconhecimento
Depois da análise, nem mesmo o técnico soube precisar o destino dos recursos. Se realmente se configurasse uma retirada em espécie, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) deveria saber da operação, já que todos os saques em espécie acima de R$ 100 mil são comunicados ao órgão. No entanto, a papelada enviada pelo BB mostra desconhecimento da instituição.
"Quando chegamos a este valor, vimos que poderia ser uma interpretação equivocada. A última coisa que queremos é dar uma notícia incorreta", afirmou Serraglio. Diante da confusão, os técnicos do Banco do Brasil terão os próximos dias para apurar os dados repassados à CPI.
Os integrantes da comissão querem saber o destino dos recursos, para que contas o dinheiro foi repassado e por quem foi sacado no caixa, caso se confirme a retirada em espécie.
Os técnicos da instituição se comprometeram a repassar nos próximos dias o histórico das movimentações em detalhe. Mas para evitar que haja excesso de informações e um atraso no repasse da documentação, os integrantes da CPI pediram que sejam pesquisadas operações acima de R$ 30 mil.
Os dados em posse da CPI mostram apenas que as movimentações da conta superam R$ 50 milhões. Desse total, os integrantes da CPI não podem identificar quanto corresponde a saques em recursos --principal alvo da comissão--, quanto representa transferência entre contas e qual é o valor dos pagamentos a fornecedores.
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