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01/08/2005
-
13h57
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), afirmou hoje que o partido recusa um suposto acordo entre governo e oposição em torno das investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios.
De acordo com notícias veiculadas no fim de semana, o governo negociaria a cassação dos mandatos dos deputados petistas José Dirceu (PT-SP), Paulo Rocha (PA), José Mentor (SP) e João Paulo Cunha (SP), dos aliados Valdemar da Costa de Neto (PL-SP), Sandro Mabel (PL-GO), José Janene (PP-PR) e José Borba (PMDB-PR), além do ex-aliado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Em troca, seriam cassados os oposicionistas Roberto Brant (PFL-MG) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Todos os nomes estão envolvidos nas investigações do esquema de corrupção que envolveria as contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
"Nós não aceitamos conchavos, acordos, acordinhos ou acordões. Queremos a punição de corruptos e corruptores", afirmou Jorge Bornhausen. "Nós consideramos imoral e repudiamos esse tipo de acordo", acrescentou.
O líder do partido, José Agripino (RN), teria, inclusive, negado um convite feito há 20 dias pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para conversar sobre política e economia com o PFL.
De acordo com o líder pefelista, um encontro como esse poderia dar a idéia à população de que estaria em curso um acerto para abafar as investigações da CPI mista dos Correios. "O ministro Palocci fala sobre economia. Na política temos nossos interlocutores que são os partidos políticos no Congresso Nacional", afirmou Agripino.
"Não vamos sentar à mesa com integrantes do governo Lula, com integrantes do seu ministério, não vamos dialogar com o primeiro escalão do governo porque falta autoridade moral, política e administrativa ao governo", completou Bornhausen.
Ataque oposicionista
Apesar das severas críticas do PFL ao governo, somadas às declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) de que Luiz Inácio Lula da Silva "virou a casaca", a oposição diz que não proporá ações para interromper o mandato presidencial.
"Nós nunca nos colocamos nessa posição de pretender ou ingressar com o processo de impedimento do presidente Lula. Esperamos que não seja necessário", afirmou Bornhausen.
Mesmo com a declaração de que esperam que o mandato de Lula seja cumprido até o fim, os pefelistas não aceitam conversar com o governo sobre uma blindagem da economia à crise política.
Agripino disse que os fatores que poderiam gerar turbulência na economia partem do PT e do presidente Lula. "Quem está oferecendo perigo à economia é a banda petista que contesta o ministro Palocci", afirmou.
Bornhausen expõe outra tese: "Quem pode atrapalhar a economia é o presidente Lula, principalmente quando procura ensaiar o chavismo", afirmou. "O presidente busca criar um clima emocional na sociedade desnecessário e inexistente para desviar o foco", acrescentou.
Além disso, Agripino vê nos argumentos do governo por tentar blindar a economia a busca de um "bode expiatório" para os possíveis efeitos da crise política sobre os mercados e sobre o crescimento do país. "O bode expiatório seria a oposição", afirmou.
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Bornhausen diz que PFL recusa acordo com governo na CPI dos Correios
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), afirmou hoje que o partido recusa um suposto acordo entre governo e oposição em torno das investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios.
De acordo com notícias veiculadas no fim de semana, o governo negociaria a cassação dos mandatos dos deputados petistas José Dirceu (PT-SP), Paulo Rocha (PA), José Mentor (SP) e João Paulo Cunha (SP), dos aliados Valdemar da Costa de Neto (PL-SP), Sandro Mabel (PL-GO), José Janene (PP-PR) e José Borba (PMDB-PR), além do ex-aliado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Em troca, seriam cassados os oposicionistas Roberto Brant (PFL-MG) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Todos os nomes estão envolvidos nas investigações do esquema de corrupção que envolveria as contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
"Nós não aceitamos conchavos, acordos, acordinhos ou acordões. Queremos a punição de corruptos e corruptores", afirmou Jorge Bornhausen. "Nós consideramos imoral e repudiamos esse tipo de acordo", acrescentou.
O líder do partido, José Agripino (RN), teria, inclusive, negado um convite feito há 20 dias pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para conversar sobre política e economia com o PFL.
De acordo com o líder pefelista, um encontro como esse poderia dar a idéia à população de que estaria em curso um acerto para abafar as investigações da CPI mista dos Correios. "O ministro Palocci fala sobre economia. Na política temos nossos interlocutores que são os partidos políticos no Congresso Nacional", afirmou Agripino.
"Não vamos sentar à mesa com integrantes do governo Lula, com integrantes do seu ministério, não vamos dialogar com o primeiro escalão do governo porque falta autoridade moral, política e administrativa ao governo", completou Bornhausen.
Ataque oposicionista
Apesar das severas críticas do PFL ao governo, somadas às declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) de que Luiz Inácio Lula da Silva "virou a casaca", a oposição diz que não proporá ações para interromper o mandato presidencial.
"Nós nunca nos colocamos nessa posição de pretender ou ingressar com o processo de impedimento do presidente Lula. Esperamos que não seja necessário", afirmou Bornhausen.
Mesmo com a declaração de que esperam que o mandato de Lula seja cumprido até o fim, os pefelistas não aceitam conversar com o governo sobre uma blindagem da economia à crise política.
Agripino disse que os fatores que poderiam gerar turbulência na economia partem do PT e do presidente Lula. "Quem está oferecendo perigo à economia é a banda petista que contesta o ministro Palocci", afirmou.
Bornhausen expõe outra tese: "Quem pode atrapalhar a economia é o presidente Lula, principalmente quando procura ensaiar o chavismo", afirmou. "O presidente busca criar um clima emocional na sociedade desnecessário e inexistente para desviar o foco", acrescentou.
Além disso, Agripino vê nos argumentos do governo por tentar blindar a economia a busca de um "bode expiatório" para os possíveis efeitos da crise política sobre os mercados e sobre o crescimento do país. "O bode expiatório seria a oposição", afirmou.
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