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03/08/2005
-
13h32
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Os saques efetuados de empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza podem ser comparados ao esquema PC Farias, segundo Ricardo Liáo, chefe do Departamento de Combate a Ilícitos Financeiros do Banco Central.
Paulo César Farias foi tesoureiro das campanhas de Fernando Collor de Mello. Segundo as investigações sobre o esquema PC, realizada em 1992, o tesoureiro abria contas "fantasmas" para realizar operações de transferências de dinheiro --arrecadado com desvio de dinheiro público e sobras de campanha.
"O que estou ouvindo das conclusões preliminares da CPI dos Correios é a mesma coisa", disse.
Para ele, o esquema do publicitário --que disse ter repassado empréstimos no valor de R$ 55 milhões ao Partido dos Trabalhadores-- é uma evolução das contas "fantasmas".
Ele lembrou que após a CPI do PC o sistema financeiro foi aperfeiçoado e hoje não é mais possível uma pessoa abrir esse tipo de conta. Depois disso, vieram as contas de "laranjas". As movimentações por esse meio também foram limitadas como forma de lavar dinheiro depois que o BC passou a analisar as operações financeiras com a renda dos titulares.
O técnico do BC admitiu que agora está mais difícil detectar algum tipo de irregularidade em movimentações financeiras como as relatadas pela CPI e que envolvem a SMPB e DNA, empresas que têm Marcos Valério como sócio. Isso porque as empresas existem e movimentam altas quantias de dinheiro. Hoje, ele não vê como mudar a legislação para proibir o que considera uma operação irregular.
"Não sei. [Descobrir algo] previamente, só tendo bola de cristal. Isso você só descobre acompanhando", disse.
Liáo participou hoje do seminário "Mecanismos de Prevenção e Controle de Lavagem de Dinheiro", que foi promovido pela Asbace (Associação Brasileira dos Bancos Estaduais e Regionais).
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Técnico do BC compara saques de Marcos Valério a esquema PC Farias
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da Folha Online, em Brasília
Os saques efetuados de empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza podem ser comparados ao esquema PC Farias, segundo Ricardo Liáo, chefe do Departamento de Combate a Ilícitos Financeiros do Banco Central.
Paulo César Farias foi tesoureiro das campanhas de Fernando Collor de Mello. Segundo as investigações sobre o esquema PC, realizada em 1992, o tesoureiro abria contas "fantasmas" para realizar operações de transferências de dinheiro --arrecadado com desvio de dinheiro público e sobras de campanha.
"O que estou ouvindo das conclusões preliminares da CPI dos Correios é a mesma coisa", disse.
Para ele, o esquema do publicitário --que disse ter repassado empréstimos no valor de R$ 55 milhões ao Partido dos Trabalhadores-- é uma evolução das contas "fantasmas".
Ele lembrou que após a CPI do PC o sistema financeiro foi aperfeiçoado e hoje não é mais possível uma pessoa abrir esse tipo de conta. Depois disso, vieram as contas de "laranjas". As movimentações por esse meio também foram limitadas como forma de lavar dinheiro depois que o BC passou a analisar as operações financeiras com a renda dos titulares.
O técnico do BC admitiu que agora está mais difícil detectar algum tipo de irregularidade em movimentações financeiras como as relatadas pela CPI e que envolvem a SMPB e DNA, empresas que têm Marcos Valério como sócio. Isso porque as empresas existem e movimentam altas quantias de dinheiro. Hoje, ele não vê como mudar a legislação para proibir o que considera uma operação irregular.
"Não sei. [Descobrir algo] previamente, só tendo bola de cristal. Isso você só descobre acompanhando", disse.
Liáo participou hoje do seminário "Mecanismos de Prevenção e Controle de Lavagem de Dinheiro", que foi promovido pela Asbace (Associação Brasileira dos Bancos Estaduais e Regionais).
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