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Manifestante invade plenário do STF e toma microfone de ministro
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da Agência Brasil
Um protesto interrompeu a sessão de hoje do STF (Supremo Tribunal Federal). Um cidadão, chamado Rana Iaube Alexandre, invadiu a área reservada aos ministros no plenário da Corte e tomou o microfone do ministro Marco Aurélio Mello, que estava com a palavra.
Rapidamente imobilizado pelos seguranças, Alexandre conseguiu dizer apenas que queria fazer uma denúncia, até ser retirado por cinco seguranças, que tiveram dificuldade em contê-lo. Fora do Supremo, ele fez acusações de "nepotismo" ao STF com palavras ofensivas aos ministros, mas não fez a denúncia que ameaçou no plenário.
A cena foi vista por manifestantes que se reuniram em frente ao STF para um abraço simbólico contra a intervenção no Distrito Federal. Os poucos manifestantes que se dispuseram a vir sob a forte chuva que atinge o centro de Brasília nesta tarde se abrigaram em frente à Corte, uma vez que as laterais do prédio foram interditadas com fitas de segurança.
O protesto foi liderado pela OAB-DF (Ordem dos Advogados do Brasil) no Distrito Federal, com o apoio de outras 53 entidades, como associações de comerciantes, empresários e trabalhadores, partidos políticos e sindicatos.
No manifesto entregue ao presidente eleito do STF, Cezar Peluso, as entidades dizem reconhecer "a gravidade da crise institucional" que abala o DF desde a revelação de um suposto esquema de corrupção envolvendo autoridades do governo, deputados distritais e empresários, mas ressaltam que não houve alteração na prestação de serviços do governo do DF que "justifique a drástica medida de intervenção federal".
"Repudiam, portanto, o pedido de intervenção federal, que no atual momento da história do Distrito Federal seria inconstitucional por representar um ato de violência contra o pacto federativo e contra todos os cidadãos que moram e trabalham em Brasília. Seria um retrocesso à democracia tão duramente conquistada", diz o manifesto.
Para o presidente da OAB-DF, Francisco Caputo, a depender do viés a ser adotado por um eventual interventor, Brasília sofrerá as consequências da paralisação de obras e da redução da atividade econômica.
"A crise é concentrada em pessoas", disse Caputo, negando que a Câmara Legislativa esteja "contaminada", como sustenta o Ministério Público no pedido de intervenção federal protocolado no Supremo. "Nem tudo que o Ministério Público alega confere com os dispositivos legais."
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