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25/03/2010 - 21h03

Procuradoria pede nova proibição de programa de TV comandado por Requião

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DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba

O Ministério Público Federal no Paraná ingressou hoje na Justiça com novo pedido de proibição do programa "Escola de Governo", levado ao ar pela RTVE (Rádio e Televisão Educativa do Paraná), por considerá-lo instrumento do governador Roberto Requião (PMDB) para atacar desafetos, imprensa e membros do Judiciário e do Ministério Público.

O programa transmite a reunião semanal entre Requião e sua equipe de governo. O novo pedido de proibição foi motivado por reclamação do ministro petista Paulo Bernardo (Planejamento), que, no programa de 23 de fevereiro, foi acusado pelo governador de tentar superfaturar uma obra ferroviária.

Paulo Bernardo nega a acusação e disse que aguarda a desincompatibilização do peemedebista, pré-candidato ao Senado, para processá-lo criminalmente na Justiça comum.

Por ordem judicial, Requião está proibido de fazer críticas na "Escola de Governo", também conhecida como "escolinha". O governador já acumula multas de R$ 600 mil por não acatar a determinação. Ele está recorrendo. O MPF já tentou tirar o programa do ar em janeiro de 2008, mas a Justiça não acatou a solicitação.

O procurador-geral do Estado, Carlos Marés, disse que não havia sido comunicado oficialmente do novo pedido do MPF, mas reclamou de sua divulgação antecipada na imprensa.

"É estranho fazer o pedido e o primeiro a ser informado é a imprensa", disse o procurador. "Ele [MPF] deveria enviar primeiro para que nós pudéssemos avaliar e prestar os esclarecimentos", declarou Marés.

Segundo o procurador, o governador não fez ataques pessoais ao acusar Bernardo.
"Na defesa do dinheiro público, o Requião é uma pessoa intransigente", afirmou. O governador anunciou ontem pelo Twitter que vai encaminhar pedido de investigação ao MPF sobre a acusação que fez envolvendo Bernardo.

 

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