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14/08/2005
-
12h12
CATIA SEABRA
CONRADO CORSALETTE
da Folha de S.Paulo
O presidente do PT, Tarso Genro, já começa a lançar dúvidas sobre a oportunidade da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. O debate tem contaminado o partido, num momento em que o governo e a legenda são alvo de investigações.
Tarso "abriu seu coração" numa reunião com a bancada de vereadores do PT de São Paulo, segundo um dos participantes. No encontro, em que defendeu a refundação do partido e a convocação do Conselho da República, Tarso teria alegado que a candidatura à reeleição pode atiçar o apetite da oposição, especialmente se fomentada por desafios do gênero "vão ter que me engolir".
Segundo dois participantes da audiência, ocorrida na segunda-feira, Tarso teria sugerido que Lula discutisse com o Conselho da República a idéia de reeleição.
Já naquela segunda-feira, Tarso defendia um pronunciamento do presidente em cadeia nacional e o envio de uma minirreforma política ao Congresso.
Difícil reeleição
Ainda segundo vereadores presentes à reunião, Tarso admitiu que, antes dada como certa, a reeleição de Lula seria difícil neste momento. E que sua recuperação dependeria do comportamento adotado a partir de agora. O ideal, afirmou, é que seja de estadista.
A reunião contou com os 12 vereadores petistas. Nela, eles declararam apoio à candidatura de Tarso à presidência do PT.
Com o acirramento da crise, ganhou espaço no partido a discussão sobre a reeleição de Lula. Segundo petistas, o próprio presidente estaria mais interessado em concluir com êxito seu mandato.
A constatação de que a reeleição fica em segundo plano está no discurso de integrantes da Executiva Nacional do PT, como o secretário de mobilização, Francisco Campos.
"Não vou dizer aqui que o Lula vai disputar reeleição ou quem vai. Vamos terminar o mandato. Que o presidente passe a faixa para si próprio ou para quem vier a sucedê-lo."
Líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP) concorda: "A prioridade absoluta do governo é governar. 2006 não está na pauta no momento. Nem do presidente, nem do partido".
Para Valter Pomar, terceiro vice-presidente do PT, o partido deve se dedicar à sua recuperação.
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Tarso lança dúvidas sobre candidatura de Lula e considera a reeleição difícil
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CONRADO CORSALETTE
da Folha de S.Paulo
O presidente do PT, Tarso Genro, já começa a lançar dúvidas sobre a oportunidade da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. O debate tem contaminado o partido, num momento em que o governo e a legenda são alvo de investigações.
Tarso "abriu seu coração" numa reunião com a bancada de vereadores do PT de São Paulo, segundo um dos participantes. No encontro, em que defendeu a refundação do partido e a convocação do Conselho da República, Tarso teria alegado que a candidatura à reeleição pode atiçar o apetite da oposição, especialmente se fomentada por desafios do gênero "vão ter que me engolir".
Segundo dois participantes da audiência, ocorrida na segunda-feira, Tarso teria sugerido que Lula discutisse com o Conselho da República a idéia de reeleição.
Já naquela segunda-feira, Tarso defendia um pronunciamento do presidente em cadeia nacional e o envio de uma minirreforma política ao Congresso.
Difícil reeleição
Ainda segundo vereadores presentes à reunião, Tarso admitiu que, antes dada como certa, a reeleição de Lula seria difícil neste momento. E que sua recuperação dependeria do comportamento adotado a partir de agora. O ideal, afirmou, é que seja de estadista.
A reunião contou com os 12 vereadores petistas. Nela, eles declararam apoio à candidatura de Tarso à presidência do PT.
Com o acirramento da crise, ganhou espaço no partido a discussão sobre a reeleição de Lula. Segundo petistas, o próprio presidente estaria mais interessado em concluir com êxito seu mandato.
A constatação de que a reeleição fica em segundo plano está no discurso de integrantes da Executiva Nacional do PT, como o secretário de mobilização, Francisco Campos.
"Não vou dizer aqui que o Lula vai disputar reeleição ou quem vai. Vamos terminar o mandato. Que o presidente passe a faixa para si próprio ou para quem vier a sucedê-lo."
Líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP) concorda: "A prioridade absoluta do governo é governar. 2006 não está na pauta no momento. Nem do presidente, nem do partido".
Para Valter Pomar, terceiro vice-presidente do PT, o partido deve se dedicar à sua recuperação.
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