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18/08/2005
-
14h14
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Apesar de ter se licenciado do PT, onde ocupava cargo de tesoureiro, Delúbio Soares ainda continua a ter parte de suas despesas pagas pelo partido. Ele confirmou nesta quinta-feira em depoimento à CPI do Mensalão que o motorista que dirige seu carro é pago pelo PT.
Delúbio disse estar desempregado no momento, já que foi dispensado da Secretaria de Educação de Goiás, onde por pouco tempo ocupou o cargo de professor de matemática da rede pública de ensino.
Segundo Delúbio, suas contas atualmente são pagas por meio de saques em aplicações feitas anteriormente e por sua companheira, Mônica Valente, que também é funcionária do PT.
O ex-tesoureiro confirmou que continua utilizando um carro blindado, mesmo depois de ter devolvido ao PT o carro que usava enquanto ocupava o cargo de tesoureiro na direção partidária. "Desde 2002, com a morte do Celso Daniel [prefeito assassinado de Santo André], a Polícia Federal me recomendou a andar de carro blindado."
Atualmente, Delúbio utiliza um carro blindado alugado com diária no valor de R$ 360,00, o que totaliza um gasto mensal de R$ 10.800,00. O dirigente petista afirma que apesar deste gasto, está tentando economizar dinheiro para adquirir um carro blindado.
Após indagar o ex-tesoureiro sobre suas relações com o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza e sobre um possível esquema montado dentro do PT para lavagem de dinheiro, o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) provocou um mal-estar na comissão ao tentar apelar para o lado emocional do depoente e envolver a família dele no caso.
Costa perguntou a Delúbio como ele "tinha coragem de encarar seus pais" após a crise política causada por ele para o governo e para todo o país. Irônico, o deputado afirmou ainda que Delúbio foi um filho ingrato, que recebeu tanto dinheiro e mesmo assim foi incapaz de dar uma casa melhor para a família.
As declarações do deputado paraense provocaram a indignação dos petistas presentes. "Por favor, não vamos envolver a família", pediu o deputado Eduardo Valverde (PT-RO).
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Ex-tesoureiro confirma que seu motorista é pago pelo PT
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da Folha Online, em Brasília
Apesar de ter se licenciado do PT, onde ocupava cargo de tesoureiro, Delúbio Soares ainda continua a ter parte de suas despesas pagas pelo partido. Ele confirmou nesta quinta-feira em depoimento à CPI do Mensalão que o motorista que dirige seu carro é pago pelo PT.
Delúbio disse estar desempregado no momento, já que foi dispensado da Secretaria de Educação de Goiás, onde por pouco tempo ocupou o cargo de professor de matemática da rede pública de ensino.
Reuters |
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Delúbio Soares em depoimento à CPI do Mensalão |
O ex-tesoureiro confirmou que continua utilizando um carro blindado, mesmo depois de ter devolvido ao PT o carro que usava enquanto ocupava o cargo de tesoureiro na direção partidária. "Desde 2002, com a morte do Celso Daniel [prefeito assassinado de Santo André], a Polícia Federal me recomendou a andar de carro blindado."
Atualmente, Delúbio utiliza um carro blindado alugado com diária no valor de R$ 360,00, o que totaliza um gasto mensal de R$ 10.800,00. O dirigente petista afirma que apesar deste gasto, está tentando economizar dinheiro para adquirir um carro blindado.
Após indagar o ex-tesoureiro sobre suas relações com o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza e sobre um possível esquema montado dentro do PT para lavagem de dinheiro, o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) provocou um mal-estar na comissão ao tentar apelar para o lado emocional do depoente e envolver a família dele no caso.
Costa perguntou a Delúbio como ele "tinha coragem de encarar seus pais" após a crise política causada por ele para o governo e para todo o país. Irônico, o deputado afirmou ainda que Delúbio foi um filho ingrato, que recebeu tanto dinheiro e mesmo assim foi incapaz de dar uma casa melhor para a família.
As declarações do deputado paraense provocaram a indignação dos petistas presentes. "Por favor, não vamos envolver a família", pediu o deputado Eduardo Valverde (PT-RO).
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