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05/09/2005 - 17h16

Para deputados, sem saída de Severino, investigações seriam comprometidas

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

No documento protocolado hoje na Mesa Diretora da Câmara, pedindo o afastamento do presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), líderes e representantes da oposição (PSDB, PFL, PDT, PPS e PV) afirmam que sem o afastamento de Severino as investigações serão comprometidas.

Com críticas aos sete meses de mandato de Severino na Casa, os deputados argumentam que ele dirigiu-se à nação anunciando que agiria na condição de magistrado diante de questões que dividiam a Casa e exigiam especial atenção por parte dos parlamentares.

Adriano Machado/FI
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti
"É novamente hora de demonstrar seu compromisso com a imparcialidade. A nenhum magistrado é dado comandar um procedimento no qual possui interesse direto. Sem essa providência [o afastamento], as investigações estarão comprometidas", afirma o texto.

Os parlamentares lembram no documento que na última semana o presidente da Câmara foi "infeliz ao sugerir que o recebimento de dinheiro em caixa dois para fins eleitorais fosse punido de forma mais branda que a compra de votos".

Também na semana passada, o presidente da Casa participou de um "bate-boca" com o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) no plenário, o que levou o deputado fluminense a dizer que Severino não tinha mais condições de permanecer no cargo.

Descontentamento

Os parlamentares oposicionistas ainda reconhecem que a Câmara "atravessa momentos difíceis de sua história". Na avaliação das lideranças partidárias que assinam a carta, "a opinião pública tem motivos de sobra para estar descontente.

Em relação a uma possível representação ao Conselho de Ética pedindo abertura de processo de cassação do presidente da Câmara, Gabeira disse que, com o indicativo de que Severino não vai se afastar do cargo, "nós faremos outra reunião, ainda sem data marcada, para decidir o que deve ser feito".

Denúncias trazidas a público pelas revistas "Veja" e "Época", durante o fim de semana, afirmam que o presidente da Câmara teria recebido, ao longo de 2003, uma mesada de R$ 10 mil do empresário Sebastião Buani, que comanda a rede de restaurantes Fiorela.

Em sua defesa, Severino refutou os fatos, disse ser vítima de uma tentativa de extorsão e pediu que a PF (Polícia Federal) e o TCU (Tribunal de Contas da União) investiguem o caso. Severino também afirmou ontem, por meio de nota, já ter determinado ao diretor-geral da Casa, Sérgio Sampaio, a criação de uma comissão de sindicância para apurar os fatos.

Segundo o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), Severino informou que não pretende se afastar.

Com Agência Brasil

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