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12/09/2005 - 13h36

Líder da minoria pode ir ao Supremo para tirar Severino

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA) afirmou nesta segunda-feira que já estuda medidas legais para impedir que o deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) continue a presidir a Casa. Segundo Aleluia, ele vai tentar primeiro uma solução interna, mas se for preciso irá pedir ao procurador-geral da República a abertura de processo de improbidade administrativa.

O processo teria uma medida cautelar de afastamento do presidente da Câmara da suas atividades administrativas, mas não do seu mandato parlamentar.

"Ele não tem condições de presidir a Câmara. Não estou falando apenas do caso do restaurante. Estou falando do conjunto da obra. De todas as ações de Severino, de suas declarações. Ele não vinha zelando pela imagem do Legislativo, agora não zela nem pelo decoro", afirmou Aleluia.

O líder disse ainda que, como um representante da sociedade, o procurador pode ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) e pedir a cautelar de afastamento de qualquer autoridade brasileira sobre a qual paire dúvidas sobre sua probidade.

Na avaliação de Aleluia, a entrevista coletiva concedida ontem por Severino não convenceu ninguém. "Esperávamos uma prova cabal da sua inocência. Esperávamos uma prova robusta, não um laudo privado que pode não ser verdadeiro."

Para Aleluia as provas sobre o caso serão conseguidas com o tempo. "Não temos apenas um depoimento, mas seis depoimentos sobre o caso do restaurante. Como eu já disse, este não é principal fator, é a soma de todas as ações de Severino desde que assumiu a presidência da Casa que nos leva a pedir o seu afastamento."

Aleluia informou que a oposição pretende obstruir as votações comandadas por Severino, até mesmo a votação do processo de cassação do mandato do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), prevista para esta quarta-feira.

"Ele coloca em risco a votação. Não será um julgamento justo. Vamos obstruir até onde for possível. Depois, se ele conseguir o quorum, vamos votar porque não podemos nos abster em um processo importante como este", disse.

Sobre as declarações de Severino, que afirmou na entrevista ter certeza de contar com o apoio do governo e em especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Aleluia afirmou que 'é um abraço de afogados."

"Se o governo for contra o afastamento de Severino, será um indício forte de acordo de proteção mútua. Severino representa mais um problema para o presidente Lula, um problema que ele não precisa."

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