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22/09/2005 - 18h08

Advogado de Flávio Maluf sugere que PF tentou coagir doleiro

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LÚCIA BAKOS
da Folha Online

O advogado de Flávio Maluf, José Roberto Batocchio, sugeriu nesta quinta-feira que quem tentou coagir o doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi, foi o delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz.

Hoje, a Justiça determinou apuração da suposta oferta de "presente" que o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz teria feito a Birigüi. Queiroz é o delegado responsável pelas investigações contra o ex-prefeito Paulo Maluf e seu filho Flávio.

A divulgação de um nova interceptação telefônica autorizada pela Justiça revelou conversas em que Birigüi diz a outro doleiro não identificado que ganharia a proteção do delegado caso atribuísse a Maluf algumas movimentações financeiras que o ex-prefeito não fez.

Dias antes, ele havia sido interrogado pela primeira vez pela Polícia Federal. Foi quando afirmou ter aberto a conta Chanani no Safra National Bank de Nova York, a pedido de Flávio. Na gravação, Birigüi diz ao interlocutor que Protógenes havia reclamado que algumas transações financeiras "não fechavam".

"É terrível. Na medida em que a defesa vem dizendo sistematicamente que os Maluf estão sendo vítimas de extorsão, que pessoas estavam cometendo irregularidades para comprometê-los. Na verdade, quem estava seduzindo a testemunha [Birigüi] não era bem a defesa", declarou o advogado de Flávio.

Batocchio disse ainda que a tarefa da defesa é defender os acusados. "Quem tem que zelar pela moralidade pública, quem tem que corrigir os desvios são os órgãos do Estado."

O advogado chegou ao prédio do Tribunal Regional Federal por volta das 16h para acompanhar os interrogatórios do doleiro e de Simeão Damasceno de Oliveira, ex-diretor da construtora Mendes Júnior acusado de pagar propina para obter benefício para a empresa.

O advogando de Maluf, José Roberto Leal, chegou pouco antes, mas não falou com a imprensa.

Maluf e Flávio estão presos desde o último dia 10 de setembro sob acusação de tentar intimidar Birigüi, que também é réu no processo que apura desvio de verba pública e remessa ilegal para o exterior.

Quando decretou a prisão preventiva de Flávio e Maluf, a juíza Silvia Maria Rocha aceitou o argumento do Ministério Público de que, em liberdade, pai e filho poderiam atrapalhar o andamento do processo ocultando provas e coagindo testemunhas.

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