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29/09/2005 - 17h31

Marinho sugere que estrutura corrupta permanece nos Correios

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho sugeriu hoje aos integrantes da CPI que investiga a estatal que a estrutura montada para tocar o esquema de corrupção permanece mesmo com o afastamento de diretores.

Marinho afirmou que os funcionários responsáveis pelo desvio de recursos públicos e direcionamento de licitações deixaram apadrinhados na estatal. Porém, de acordo com relato de integrantes da comissão, ele não teria provas de que os atuais funcionários dão prosseguimento às irregularidades.

"Ele dá a entender que são pessoas colocadas pela diretoria afastada. Ele insinua que o esquema continua", afirmou o relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Jefferson

Em seu segundo depoimento à CPI depois de fechar um acordo de delação premiada, Marinho reafirmou que, raramente, via o ex-deputado Roberto Jefferson na sede dos Correios.

No entanto, o genro do ex-deputado, Marcus Vinicius Vasconcelos, era visto com freqüência na estatal, supostamente tratando de esquemas para tirar "vantagens financeiras".

As mesmas declarações ele faz sobre o empresário Arthur Wascheck. Ao Ministério Público, disse que recebia propina para atender aos interesses do empresário. Disse que chegou a receber uma proposta de mesada de R$ 40 mil.

Dossiê

Marinho levou um dossiê de aproximadamente 300 páginas com cópias de contratos e licitações que comprovariam irregularidades nos Correios durante o governo Lula.

Um dos contratos mostra a compra de automóveis com preço acima do valor de referência. O ex-funcionário disse acreditar --ele fez questão de dizer que seria uma ilação-- que diretores receberam R$ 1.000 cada por cada automóvel comprado caso a operação tivesse sucesso.

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