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04/10/2005
-
15h40
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Um relatório parcial da CPI dos Correios apresentado hoje mostrou que as empresas de transporte aéreo de correspondência Beta e Skymaster geraram um prejuízo de R$ 64 milhões para os Correios desde 2000.
As empresas assinaram em 21 de julho de 2000 um documento para dividirem os contratos da estatal. Quem vencesse a licitação contrataria a empresa parceira para partilharem os serviços e os lucros. "Houve um evidente conluio entre as duas empresas", afirmou o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Em uma das licitações, com a certeza de que venceria a disputa, a Skymaster conseguiu iniciar as operações de transporte de correspondências seis horas após a contratação. "É evidente a fraude dessa contratação porque se já estavam prontas para operar seis horas depois tinham a certeza de que ganhariam o contrato", disse Serraglio.
Em outro processo, quatro empresas se apresentaram para a licitação: Beta, Skymaster, Aeropostal e Total, esta última desclassificada de imediato.
A Aeropostal também foi excluída da disputa porque não tinha registro do DAC (Departamento de Aviação Civil) para operar. "Ela [Aeropostal] só participou para compor o cenário de aparente competição", avaliou o relator da CPI.
Mais grave na avaliação da comissão: um dos proprietários da Aeropostal, Roberto Kfouri, foi diretor-executivo da Beta, o que evidenciaria a montagem de um cenário para a licitação. A vencedora no final do processo foi a Skymaster, que subcontratou a Beta.
O relator da CPI apontou ainda que os preços apresentados pelos Correios como parâmetros para as licitações não são confiáveis e que a estatal não teria condições para avaliar a "coerência" dos valores sugeridos pelas empresas.
"Tal situação é impensável que ocorra numa empresa pública de tamanha grandeza e magnitude, principalmente se considerarmos que essa área de transporte aéreo de carga postal é de fundamental importância para a sua atividade fim", conclui Serraglio.
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Beta e Skymaster geraram prejuízo de R$ 64 mi para Correios, diz CPI
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da Folha Online, em Brasília
Um relatório parcial da CPI dos Correios apresentado hoje mostrou que as empresas de transporte aéreo de correspondência Beta e Skymaster geraram um prejuízo de R$ 64 milhões para os Correios desde 2000.
As empresas assinaram em 21 de julho de 2000 um documento para dividirem os contratos da estatal. Quem vencesse a licitação contrataria a empresa parceira para partilharem os serviços e os lucros. "Houve um evidente conluio entre as duas empresas", afirmou o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Em uma das licitações, com a certeza de que venceria a disputa, a Skymaster conseguiu iniciar as operações de transporte de correspondências seis horas após a contratação. "É evidente a fraude dessa contratação porque se já estavam prontas para operar seis horas depois tinham a certeza de que ganhariam o contrato", disse Serraglio.
Em outro processo, quatro empresas se apresentaram para a licitação: Beta, Skymaster, Aeropostal e Total, esta última desclassificada de imediato.
A Aeropostal também foi excluída da disputa porque não tinha registro do DAC (Departamento de Aviação Civil) para operar. "Ela [Aeropostal] só participou para compor o cenário de aparente competição", avaliou o relator da CPI.
Mais grave na avaliação da comissão: um dos proprietários da Aeropostal, Roberto Kfouri, foi diretor-executivo da Beta, o que evidenciaria a montagem de um cenário para a licitação. A vencedora no final do processo foi a Skymaster, que subcontratou a Beta.
O relator da CPI apontou ainda que os preços apresentados pelos Correios como parâmetros para as licitações não são confiáveis e que a estatal não teria condições para avaliar a "coerência" dos valores sugeridos pelas empresas.
"Tal situação é impensável que ocorra numa empresa pública de tamanha grandeza e magnitude, principalmente se considerarmos que essa área de transporte aéreo de carga postal é de fundamental importância para a sua atividade fim", conclui Serraglio.
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