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Para Tarso, gravações inabilitam Tuma Jr. para cargo se forem verdadeiras
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GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre
O ex-ministro da Justiça e pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, disse que as gravações de conversas do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, "se forem verdadeiras", o "inabilitam" para o cargo.
As declarações foram dadas quando o ex-ministro chegava a evento de sua pré-campanha, em Porto Alegre, que teria Tuma Júnior como debatedor. Mas Tuma cancelou sua participação após as denúncias.
"Se forem verdadeiras e se querem dizer essas conclusões que a imprensa está tirando, as gravações o inabilitam para a função. Não podemos prejulgar, temos que aguardar as explicações dele", disse Tarso.
"Lamento porque o Tuma estava prestando bons serviços."
Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal com autorização judicial revelaram a ligação do secretário com Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, acusado de contrabando e suspeito de integrar a máfia chinesa no Brasil.
Indagado sobre as conversas terem ocorrido quando Tuma Júnior era seu subordinado, Tarso negou que o caso possa arranhar sua pré-candidatura ao governo gaúcho.
"Não passava pela cabeça de ninguém que ele [Tuma] tinha relação de amizade com uma pessoa que está envolvida num sério inquérito policial", disse.
Saia justa
O escândalo jogou água fria no evento que discutiu ontem à noite o plano de governo do petista. Dirigentes do PT se mostravam constrangidos com o episódio. Tuma Júnior debateria combate à corrupção.
Marcelo Danéris, coordenador do programa de governo de Tarso, negou que o convite indique alguma relação política entre Tuma Júnior e o petista.
"A nossa grande sacada foi chamar alguém para falar da experiência do governo federal. Não tínhamos cacife para chamar o ministro, chamamos o secretário. Ele mesmo desmarcou", afirmou Danéris.
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