Publicidade
Publicidade
11/10/2005
-
15h54
EPAMINONDAS NETO
LÚCIA BAKOS
da Folha Online
O vice-presidente da República, José Alencar, iniciou nesta terça-feira sua participação na sabatina da Folha com uma crítica à política monetária do governo federal. Ele citou estatísticas para afirmar que a taxa real de juros do país representa dez vezes a taxa de juros real média de 40 países.
Segundo Alencar, esta prática ele criticava desde a época do governo Fernando Henrique Cardoso. "Nós condenávamos a política monetária todo o tempo."
Ele procurou responder às críticas de "irresponsabilidade" na gestão ao afirmar que o primeiro orçamento que fez foi aos 14 anos, quando saiu de casa para trabalhar e morar sozinho e precisou negociar um quarto em uma pensão.
Ainda sobre a questão orçamentária, ele afirmou que concorda com uma política econômica "austera", mas que isso demanda um equilíbrio orçamentário, que seria "perdulário" com o tamanho dos gastos e da dívida devido à dimensão da taxa Selic.
Ele procurou evitar críticas ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e afirmou que continua fiel ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem agradeceu por ter composto chapa com ele. "Ninguém vota em vice. Sou grato ao Lula, mas isso não me impede de ser fiel aos meus ideais."
"Minha lealdade é absoluta tanto ao governo quanto aos meus ideais", disse ele. Questionado se essa "dupla lealdade" era incompatível, respondeu que era "compatível".
Sabatina
Para sabatinar o vice-presidente da República foram convidados a colunista da Folha Eliane Cantanhêde, o editor do "Mercado Aberto", Guilherme Barros, o repórter especial Fernando Canzian e o diretor-executivo da Sucursal da Brasília, Valdo Cruz.
Durante as duas horas da sabatina, Alencar responderá a perguntas feitas pelos sabatinadores e pela platéia. A sabatina será realizada no Teatro Folha (Shopping Pátio Higienópolis, na av. Higienópolis, 618, piso 2, São Paulo).
Cargos acumulados
Alencar, 73, filiou-se em 29 de setembro ao PMR (Partido Municipalista Renovador), partido recém-criado com forte presença da Igreja Universal. Pouco antes, saiu do PL, uma das legendas envolvidas no escândalo do "mensalão" e pela qual se elegeu vice-presidente, em 2002, na chapa encabeçada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar das divergências com o presidente, sobretudo com relação à política de juros, desde novembro do ano passado Alencar acumula o cargo de ministro da Defesa, em substituição ao diplomata José Viegas. Crítico da política econômica do governo Lula, Alencar entrou na nova legenda dizendo não ser candidato a presidente em 2006 --desejo manifestado pelos integrantes do PMR.
Durante entrevista à Folha em setembro, Alencar disse que está pronto para assumir a Presidência caso seja necessário, mas se disse fiel a Lula e contrário ao impeachment. Afirmou que não moverá "uma palha" para prejudicar o presidente, chamado de "vítima do despreparo da administração do PT".
Outros sabatinados
Antes de Alencar, já participaram das sabatinas realizadas pela Folha o médico Drauzio Varella, o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o físico Marcelo Gleiser, o escritor anglo-indiano Salman Rushdie, o presidente interino do PT, Tarso Genro, e o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ).
Especial
Leia as últimas reportagens do jornal sobre o vice-presidente (Só assinantes)
Leia a entrevista de Alencar à Folha (Só assintantes)
Veja como foram as sabatinas anteriores
Alencar critica política monetária do governo Lula
Publicidade
LÚCIA BAKOS
da Folha Online
O vice-presidente da República, José Alencar, iniciou nesta terça-feira sua participação na sabatina da Folha com uma crítica à política monetária do governo federal. Ele citou estatísticas para afirmar que a taxa real de juros do país representa dez vezes a taxa de juros real média de 40 países.
Segundo Alencar, esta prática ele criticava desde a época do governo Fernando Henrique Cardoso. "Nós condenávamos a política monetária todo o tempo."
A.Machado/Folha Imagem |
O vice-presidente José Alencar |
Ainda sobre a questão orçamentária, ele afirmou que concorda com uma política econômica "austera", mas que isso demanda um equilíbrio orçamentário, que seria "perdulário" com o tamanho dos gastos e da dívida devido à dimensão da taxa Selic.
Ele procurou evitar críticas ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e afirmou que continua fiel ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem agradeceu por ter composto chapa com ele. "Ninguém vota em vice. Sou grato ao Lula, mas isso não me impede de ser fiel aos meus ideais."
"Minha lealdade é absoluta tanto ao governo quanto aos meus ideais", disse ele. Questionado se essa "dupla lealdade" era incompatível, respondeu que era "compatível".
Sabatina
Para sabatinar o vice-presidente da República foram convidados a colunista da Folha Eliane Cantanhêde, o editor do "Mercado Aberto", Guilherme Barros, o repórter especial Fernando Canzian e o diretor-executivo da Sucursal da Brasília, Valdo Cruz.
Durante as duas horas da sabatina, Alencar responderá a perguntas feitas pelos sabatinadores e pela platéia. A sabatina será realizada no Teatro Folha (Shopping Pátio Higienópolis, na av. Higienópolis, 618, piso 2, São Paulo).
Cargos acumulados
Alencar, 73, filiou-se em 29 de setembro ao PMR (Partido Municipalista Renovador), partido recém-criado com forte presença da Igreja Universal. Pouco antes, saiu do PL, uma das legendas envolvidas no escândalo do "mensalão" e pela qual se elegeu vice-presidente, em 2002, na chapa encabeçada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar das divergências com o presidente, sobretudo com relação à política de juros, desde novembro do ano passado Alencar acumula o cargo de ministro da Defesa, em substituição ao diplomata José Viegas. Crítico da política econômica do governo Lula, Alencar entrou na nova legenda dizendo não ser candidato a presidente em 2006 --desejo manifestado pelos integrantes do PMR.
Durante entrevista à Folha em setembro, Alencar disse que está pronto para assumir a Presidência caso seja necessário, mas se disse fiel a Lula e contrário ao impeachment. Afirmou que não moverá "uma palha" para prejudicar o presidente, chamado de "vítima do despreparo da administração do PT".
Outros sabatinados
Antes de Alencar, já participaram das sabatinas realizadas pela Folha o médico Drauzio Varella, o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o físico Marcelo Gleiser, o escritor anglo-indiano Salman Rushdie, o presidente interino do PT, Tarso Genro, e o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ).
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice