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11/10/2005 - 17h02

Alencar diz que não sairá candidato nas eleições de 2006

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EPAMINONDAS NETO
LÚCIA BAKOS
da Folha Online

O vice-presidente da República, José Alencar, negou nesta terça-feira que seja candidato a qualquer cargo nas eleições de 2006. "Eu não sou candidato a nada", disse duas vezes, ao ser questionado sobre suas pretensões políticas.

Inquirido sobre sua entrada no PMR (Partido Municipalista Renovador), Alencar respondeu: "Eu tenho mania de começar da estaca zero. Tudo em minha vida foi assim". Alencar afirmou ainda que tem certeza que o PMR será um "grande partido no futuro".

A.Machado/Folha Imagem
O vice-presidente José Alecar
O vice-presidente José Alencar
"Eu não sou candidato a nada. Eu, quando saí do partido a que pertencia [PL], saí sem nenhum acordo com outro partido. Eu saí para voltar para casa, mas aí começaram a me chamar de egoísta e resolvi entrar em um partido novo", disse ele.

Ainda para justificar que não sairá candidato nas eleições de 2006, o vice-presidente afirmou que seu novo partido não tem fundo partidário e praticamente não tem horário político.

Questionado sobre o potencial midiático e financeiro da legenda --que é ligada à Igreja Universal--, Alencar respondeu que, em Minas Gerais, muitos candidatos tinham televisão em suas cidades e não venceram eleições.

Deputados cassáveis

Sobre a possibilidade de renúncia dos 13 deputados citados em relatório parcial das CPIs dos Correios e do Mensalão, que correm o risco de terem o mandato cassado, Alencar considerou que a decisão é de "foro íntimo".

"O que defendemos é que toda denúncia deve ser investigada profundamente. Não defendemos pena branca, nem exagerada, mas uma pena justa."

O vice-presidente também considerou que, "às vezes, a renúncia de um deputado pode ser adotada não apenas visando candidaturas às eleições de 2006".

Sabatina

Para sabatinar o vice-presidente da República foram convidados a colunista da Folha Eliane Cantanhêde, o editor do "Mercado Aberto", Guilherme Barros, o repórter especial Fernando Canzian e o diretor-executivo da Sucursal da Brasília, Valdo Cruz.

Durante as duas horas da sabatina, Alencar responderá a perguntas feitas pelos sabatinadores e pela platéia. A sabatina será realizada no Teatro Folha (Shopping Pátio Higienópolis, na av. Higienópolis, 618, piso 2, São Paulo).

Cargos acumulados

Alencar, 73, filiou-se em 29 de setembro ao PMR (Partido Municipalista Renovador), partido recém-criado com forte presença da Igreja Universal. Pouco antes, saiu do PL, uma das legendas envolvidas no escândalo do "mensalão" e pela qual se elegeu vice-presidente, em 2002, na chapa encabeçada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar das divergências com o presidente, sobretudo com relação à política de juros, desde novembro do ano passado Alencar acumula o cargo de ministro da Defesa, em substituição ao diplomata José Viegas. Crítico da política econômica do governo Lula, Alencar entrou na nova legenda dizendo não ser candidato a presidente em 2006 --desejo manifestado pelos integrantes do PMR.

Durante entrevista à Folha em setembro, Alencar disse que está pronto para assumir a Presidência caso seja necessário, mas se disse fiel a Lula e contrário ao impeachment. Afirmou que não moverá "uma palha" para prejudicar o presidente, chamado de "vítima do despreparo da administração do PT".

Outros sabatinados

Antes de Alencar, já participaram das sabatinas realizadas pela Folha o médico Drauzio Varella, o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o físico Marcelo Gleiser, o escritor anglo-indiano Salman Rushdie, o presidente interino do PT, Tarso Genro, e o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ).

Especial
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