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27/10/2005 - 21h55

Acareação deixa dúvida sobre R$ 6,4 milhões

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

As acareações entre o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e a ex-funcionária da SMPB Simone Vasconcelos e os tesoureiros do PL, Jacinto Lamas, e do PTB, Emerson Palmieri, mantiveram a dúvida dos integrantes da CPI do Mensalão sobre o pagamento de recursos para partidos da base aliada.

Delúbio, Valério e Simone Vasconcelos reafirmaram versões de que teriam repassado R$ 10,8 milhões ao PL e R$ 3,8 milhões ao PTB. Além disso, o ex-tesoureiro do PT e o empresário mineiro negaram ter entregue R$ 4 milhões ao ex-deputado Roberto Jefferson e confirmaram que Lamas teria indicado a Guaranhuns para receber recursos do valerioduto.

Jacinto Lamas disse repetidamente não ter indicado a empresa Guaranhuns a Marcos Valério para o recebimento de recursos. "Não conheço a Guaranhuns. Nunca vi", afirmou o tesoureiro do PL.

Diante da contradição, Marcos Valério, que disse que não ensinaria a CPI a investigar, sugeriu que fossem confrontados os sigilos telefônicos dos donos da empresa Guaranhuns com os dados dos depoentes.

Palmieri, por sua vez, contestou a lista apresentada por Valério e Simone que mostraria repasses de R$ 2,4 milhões ao tesoureiro do PTB. Ele disse reconhecer apenas o destino de R$ 345 mil e nega ter recebido recursos das mãos da ex-funcionária da SMPB.

Junta-se a essa diferença a quantia sobre a qual divergem o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Delúbio, Simone e Valério, no valor de R$ 4,3 milhões. Costa Neto diz ter recebido R$ 6,5 milhões do valerioduto. Delúbio e Valério dizem ter repassado R$ 10,8 milhões ao PL. Portanto, não há explicação sobre R$ 6,4 milhões.

O presidente da CPI do Mensalão, Amir Lando (PMDB-RO), reafirmou que os integrantes da comissão devem analisar documentos, como os sigilos bancário, fiscal e telefônico dos envolvidos.

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