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03/11/2005 - 20h19

Esclarecimento de Valério se dá por nota enviada à PF

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

A assessoria do empresário Marcos Valério de Souza informou que ele só vai se manifestar após a divulgação do relatório da CPI dos Correios, na próxima semana. O advogado Marcelo Leonardo, contratado por Valério, divulgou hoje uma nota que a DNA Propaganda encaminhou à Polícia Federal, em 22 de setembro passado, com informações sobre a verba Visanet.

Os peritos da PF já haviam questionado a DNA sobre repasses de R$ 58 milhões. A nota é assinada por Francisco Castilho, presidente da agência em que Valério foi sócio.

"Em atendimento à solicitação dos senhores peritos da Polícia Federal (auditores contábeis), relatamos o que é do nosso conhecimento sobre a verba Visanet, repassada pelo Banco do Brasil às três agências de publicidade que o atendem", diz a nota com 11 tópicos e uma observação ao final: "nota fiscal de 8/5/03, R$ 23 milhões, e nota fiscal de 13/2/04, R$ 35 milhões".

Em dois tópicos, Castilho informa que "a verba Visa é repassada adiantadamente às agências, que abrem uma conta bancária especial para abrigá-la, com periódicas prestações de contas" e que "a operação Visa não faz parte do contrato publicitário das três agências com o Banco do Brasil".

Informa a DNA que a verba integra um fundo gerido por BB, Bradesco, Banco Real e pela própria Visa. Cada um dos integrantes do fundo recebe, anualmente, um valor para divulgar os cartões Visa (crédito e débito), "proporcional à sua participação acionária". A propaganda e publicidade ocorreu em 2003, 2004 e em "anos anteriores".

"O BB é quem dá destinação à parte que lhe cabe nessa verba, indicando à agência de publicidade onde ela será empregada e o valor que será investido. As agências são comissionadas pela administração dessa verba."

Conforme o documento encaminhado à PF, "as ordens para o uso da verba Visanet são dadas diretamente pela diretoria de Marketing e Comunicação, à qual as agências de publicidade estão subordinadas, e recebem pareceres da diretoria de Varejo, que são aprovados pelos conselhos e controles internos do banco".

Segundo Castilho, "há um rodízio entre as três agências de publicidade que atendem ao banco no repasse da verba Visanet". Acrescenta que "também é freqüente ocorrer que o banco autorize o pagamento de fornecedores, veículos e valores de promoção ou patrocínio para as três agências, simultaneamente".

Castilho informou que a verba, que é antecipada e depositada em uma conta corrente, é faturada pela CBMP (Cia. Brasileira de Meios de Pagamento), "com CNPJ diferente ao do BB".

A Folhaentrou em contato com a DNA, que informou que "está analisando" as declarações do relator da CPI dos Correios e "levantando dados sobre os serviços que prestou à Visanet". "Assim que possível, responderemos às acusações do relator."

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