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08/11/2005 - 18h12

Companheira de Celso Daniel nega desvios e reforça versão de Carvalho

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

A companheira de Celso Daniel, Ivone Santana, afirmou confiar na versão apresentada pelo chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, em acareação na CPI dos Bingos, sobre o assassinato do ex-prefeito de Santo André.

"Eu acredito na versão do Gil [Gilberto Carvalho]. Não tenho a menor dúvida. Porque ele era uma pessoa que estava vivendo o cotidiano [da prefeitura]", afirmou.

Assim como fez Carvalho, Ivone Santana desqualificou o depoimento de João Francisco Daniel, um dos irmãos de Celso Daniel. Ela afirmou aos integrantes da CPI que João Francisco não tinha relação próxima com o ex-prefeito e que Gilberto Carvalho não teria motivos para revelar ao irmão de Celso que haveria o transporte de recursos de dinheiro supostamente desviado da prefeitura para o PT nacional.

João Francisco relatou à CPI que Carvalho, após o assassinato do prefeito, teria dito, na presença de testemunhas, que haveria transporte de recursos da prefeitura para o PT. Chegou a desafiar Carvalho a se submeter a um detector de mentiras.

"Não havia essa conversa. Ele nunca mencionou, eu não sabia e não permitiria [de transporte de recursos]", afirmou Ivone.

Ela desmentiu ainda a versão da faxineira que trabalhava na casa de Celso Daniel de que haveria sacos de dinheiro no apartamento. "Não tinha saco de dinheiro. Ela não tem credibilidade nenhuma para ser ouvida", disse Ivone.

Ivone reclamou que foi justamente Gilberto Carvalho quem teria dado legitimidade para que os irmãos do ex-prefeito falassem publicamente sobre o crime. "O Gil, com esse espírito cristão exacerbado, elegeu os irmãos para se reportar sobre o caso", disse.

Ivone, que é filiada ao PT "desde a primeira hora", negou ainda que Celso Daniel se sentisse ameaçado ou tivesse confeccionado um dossiê sobre irregularidades na prefeitura.

"Não tinha esse clima de complô", declarou Ivone. Ela afirmou que o dossiê a que se referem os irmãos de Celso Daniel com denúncias de corrupção na prefeitura foi entregue ao Ministério Público em 2000 e era conhecido dos demais partidos políticos na cidade desde então. Portanto, disse Ivone, o documento não é de autoria de Celso Daniel.

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