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16/11/2005
-
14h23
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
As bancadas do PFL e PSDB no Senado desistiram da idéia de boicotar o depoimento do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).
No entanto, na tentativa de levá-lo posteriormente a prestar depoimento à CPI dos Bingos para se defender das denúncias de corrupção em Ribeirão Preto, onde foi prefeito, os oposicionistas tratarão apenas de assuntos ligados à política econômica.
"Nossa posição majoritária é comparecer à sessão e discutir assuntos pertinentes à economia. Com isso, não desprestigiaríamos as CPIs que estão fazendo trabalho de investigação", afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). "O plenário não é uma CPI", completou Tasso Jereissati (CE).
A idéia inicial dos pefelistas era boicotar Palocci. Nenhum integrante das duas bancadas compareceria ao depoimento. Seria uma forma de protestar contra a antecipação da presença do ministro, que estava marcada para a próxima semana, e à resistência do governo em aprovar a convocação do ministro para prestar depoimento à CPI dos Bingos.
"O não comparecimento poderia parecer que nós estivéssemos desconhecendo um gesto voluntário do ministro, quando o recomendável é que ele venha voluntariamente tratar do assunto da convocação [caso Ribeirão Preto]", afirmou o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN). "O governo não está com o controle da situação. Age por impulsos, surpreende parceiros que têm todo o direito à indignação e à contestação", completou.
A estratégia dos oposicionistas é desgastar Palocci duplamente. Hoje, se concentrarão na disputa entre a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e o ministro da Fazenda. Depois, com o desenrolar das investigações sobre Ribeirão Preto, convocam o ministro a prestar depoimento à CPI.
Apesar da decisão de tucanos e pefelistas, Palocci não deve sair incólume do Senado. PSOL e PDT, que não participaram do acordo, estarão liberados para tratar dos assuntos que considerarem importantes. Os casos de Ribeirão Preto e da suposta remessa de recursos de Cuba para o PT deverão estar na pauta das legendas.
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No entanto, na tentativa de levá-lo posteriormente a prestar depoimento à CPI dos Bingos para se defender das denúncias de corrupção em Ribeirão Preto, onde foi prefeito, os oposicionistas tratarão apenas de assuntos ligados à política econômica.
"Nossa posição majoritária é comparecer à sessão e discutir assuntos pertinentes à economia. Com isso, não desprestigiaríamos as CPIs que estão fazendo trabalho de investigação", afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). "O plenário não é uma CPI", completou Tasso Jereissati (CE).
A idéia inicial dos pefelistas era boicotar Palocci. Nenhum integrante das duas bancadas compareceria ao depoimento. Seria uma forma de protestar contra a antecipação da presença do ministro, que estava marcada para a próxima semana, e à resistência do governo em aprovar a convocação do ministro para prestar depoimento à CPI dos Bingos.
"O não comparecimento poderia parecer que nós estivéssemos desconhecendo um gesto voluntário do ministro, quando o recomendável é que ele venha voluntariamente tratar do assunto da convocação [caso Ribeirão Preto]", afirmou o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN). "O governo não está com o controle da situação. Age por impulsos, surpreende parceiros que têm todo o direito à indignação e à contestação", completou.
A estratégia dos oposicionistas é desgastar Palocci duplamente. Hoje, se concentrarão na disputa entre a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e o ministro da Fazenda. Depois, com o desenrolar das investigações sobre Ribeirão Preto, convocam o ministro a prestar depoimento à CPI.
Apesar da decisão de tucanos e pefelistas, Palocci não deve sair incólume do Senado. PSOL e PDT, que não participaram do acordo, estarão liberados para tratar dos assuntos que considerarem importantes. Os casos de Ribeirão Preto e da suposta remessa de recursos de Cuba para o PT deverão estar na pauta das legendas.
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